Por bianca.lobianco

Rio - Cerca de 2,6 bilhões foram investidos na fábrica da Nissan, inaugurada nesta terça-feira em Resende, no Rio de Janeiro. Ao todo, três mil funcionários vão exercer funções na fábrica. O evento, que teve a presença do diretor executivo (CEO) mundial da empresa, Carlos Ghosn e do presidente nacional François Dossa, lançou dois modelos que serão fabricados no Rio de Janeiro, como o March 1.6 16V flex - e atualmente composto por  60% de equipamentos locais - e o modelo Versa 1.6 16V flex.

De acordo com Carlos Ghosn, além da Nissan, mais seis empresas sistemistas fornecem peças para a montadora. A fábrica tem a capacidade total para fabricar 200 mil carros e 200 mil motores ao ano. "A previsão é que até 2016 os modelos sejam fabricados com 80% de peças do estado", disse Goshn.

O CEO mundial acredita que o país tem mercado para o setor, já que a relação média é de 175 veículos para mil habitantes. Uma proporção pequena em relação aos Estados Unidos e Europa, que é três vezes maior. "Acredito que há mercado no Brasil, por isso a aposta", ressalta.

O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão elogiou a iniciativa e disse que espera que a Nissan crie um centro de pesquisa em engenharia na região. O deputado Paulo Mello (PMDB), presidente da Alerj e o prefeito de Resende José Rechuan Júnior (PP) também estiveram na inauguração.

A Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico estima arrecadar R$ 240 milhões por ano, em Imposto sobre Operações Relativas a Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços, com a operação da planta.

O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Júlio Bueno, disse que a fábrica é importante porque demonstra uma diversificação econômica do Rio de Janeiro e reduz a dependência do estado do petróleo. “O petróleo fará o Rio crescer nos próximos 30 anos. O Brasil sairá de 2 milhões de barris por dia para 5 milhões até 2035. Mas isso não basta. O Rio precisa ser além do petróleo”, disse Bueno.

Para o prefeito de Resende, José Rechuan, a planta contribui para o desenvolvimento da região, que já é um consolidado pólo automotivo. “A cidade de Resende está acostumada ao desenvolvimento. Fomos pioneiros no café. Nos anos 40, se instalou a Academia Militar das Aguilhas Negras. Nos anos 60 e 70, foram as indústrias químicas. Nos anos 90, se inicia a história automotiva da nossa cidade. Agora recebemos com muito orgulho essa fábrica. À medida em que as fábricas vão chegando, também são construídas escolas, hospitais, ensino técnico”, disse Rechuan.

A fábrica de Resende é a segunda da Nissan no Brasil, já que a empresa possui uma planta no Paraná, em parceria com a Renault, onde produz os modelos Frontier e Livina. Está prevista ainda a construção de um centro de pesquisas no Rio de Janeiro.

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