Por julia.sorella

Brasília -  Os custos industriais cresceram 2,5% no primeiro trimestre de 2014 na comparação com o último de 2013. Contribuíram para o resultado, que leva em consideração o ajuste sazonal, o aumento dos custos de capital de giro (10,9%), energia (3,3%), tributos (2,3%) e com pessoal (2,8%). No mesmo período, o custo de produção – formado pelos custos com energia, pessoal e bens intermediários, sem incluir portanto o gasto com capital de giro e tributos – o crescimento registrado ficou em 2,2%, também na comparação com o trimestre anterior.

Os números constam do Indicador de Custos Industriais do primeiro trimestre de 2014, divulgados nesta quinta-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Se a comparação for com o primeiro trimestre de 2013, o crescimento do custo de produção ficou em 8,8%, tendo o custo com energia aumentado 5,6%. Os 12,5% de aumento do custo com óleo combustível foi o fator que exerceu maior influência neste índice.

O aumento nos preços relativos a bens intermediários foi 1,9% na comparação com o último trimestre de 2013. De acordo com a CNI, isso confirma uma desaceleração do crescimento desses custos, identificado nos terceiro e quarto trimestre do ano passado, que apresentaram índices de 4,7% e 2,1% respectivamente.

Em relação ao custo tributário, que aumentou 2,3%, a CNI destaca que apesar de ser o terceiro trimestre consecutivo de crescimento, há um diferencial: enquanto os aumentos anteriores tinham o ICMS como principal tributo, no primeiro trimestre de 2014 a liderança ficou com o IPI. “Isso já é uma consequência de o governo ter dado fim a algumas desonerações aplicadas sobre o IPI, especialmente para bens de consumo”, explicou à Agência Brasil o gerente de pesquisa da CNI, Renato da Fonseca.

Ainda segundo a CNI, um dado que indica recuperação da competitividade internacional da indústria brasileira no início de 2014 foi o fato de os preços dos manufaturados importados terem sido superiores que os brasileiros. Enquanto os manufaturados importados aumentaram 3,4% e o norte-americano 4,8%, o brasileiro aumentou 2,1%. Isso, diz o estudo, se deve à desvalorização cambial da moeda brasileira, registrada no período.

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