Rio - O movimento das pequenas e médias empresas (PME) em direção à Bolsa de Valores ainda está no começo, mas já se mostra como um bom desafio. Na última quinta-feira, apenas as ações de uma das companhias dessa categoria, que se encontra no mercado de capitais, a Biomm e Senior Solution, foram negociadas.
A BM&FBovespa possui o Bovespa Mais, para incentivar a presenças das PMEs no mercado, mas ainda não deu frutos. Criado há nove anos, o projeto hoje abriga nove empresas, das quais quatro têm ações em circulação.
Para incentivar o interesse dos investidores nas ações, o governo federal anunciou em junho a isenção de Imposto de Renda nos ganhos de capital para ações de empresas com valor de mercado inferior a R$700 milhões.
Uma outra iniciativa, formulada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), cria o Fundo de Investimento em Ações Mercado de Acesso (FMA), que possibilita a compra de fatia de empresas abertas e fechadas.
O baixo grau de atratividade dos ativos das companhias de pequeno porte na bolsa não encoraja os empresários a enfrentar o longo caminho até a abertura de capital, acredita o sócio da Mesa Corporate Governance Luiz Marcatti. “A maioria ainda administra seus números com planilhas de Excel”, disse.
Incentivo ao mercado de capitais
Tramita na Câmara dos Deputados desde outubro do ano passado, o Projeto de Lei 6.558/2013, de autoria do deputado Otavio Leite (PSDB-RJ), que institui o Programa Brasil Competitivo.
A proposta tem o objetivo de fomentar o empreendedorismo, aumentar a competitividade empresarial e facilitar o acesso a capital privado de crescimento para pequenas e médias empresas.
O benefício valeria para as empresas que fazem oferta de capital de até R$ 250 milhões. O programa estimula a criação de empregos e a arrecadação de FGTS e contribuição do INSS.