Por bferreira

Rio - Todo mundo reconhece um bajulador. Ele faz elogios interessados, sem sinceridade, pode ser encontrado sempre perto de quem ocupa uma posição de comando e, portanto, não é difícil identificá-lo. Seu principal objetivo é ser notado pelo chefe e para isso ele não mede esforços. Elogia exageradamente, não discorda do superior e quando consegue um bom resultado faz questão de divulgar até que todos tomem conhecimento.

As pesquisas mostram que o bajulador é mal visto, porém o feedback positivo e verdadeiro funciona bem nas empresas e acelera a carreira dos seus autores. Os elogios e os reconhecimentos fazem parte do dia a dia do trabalho e são trocados a todo tempo. Veja abaixo como ser naturalmente reconhecido profissionalmente sem bajular.

Por Janaina Ferreira

PERGUNTA E RESPOSTA

“Quero ter meu trabalho reconhecido pelo meu chefe e ser valorizado profissionalmente sem parecer bajulador. Existe alguma técnica para fazer isso?”

Fábio, Niterói

Olá, Fábio! Pesquisas feitas em grandes universidades americanas buscaram mapear táticas de elogios vistas como positivas pela alta liderança. Mas é importante saber que marketing pessoal e bajulação não devem ser confundidos. O bajulador quer se destacar e ser notado todo o tempo, e não age naturalmente. Ele pretende passar a percepção que é o melhor, então exagera nos autoelogios e nas comparações com os colegas do trabalho.

Por ser inseguro, usa grande parte do seu tempo fazendo articulações e intrigas para se manter no emprego. Por outro lado, quem faz marketing pessoal se preocupa em desenvolver um bom trabalho e conseguir resultados acima da média para ser reconhecido. Pessoas assim mostram o seu valor com foco nos resultados e no profissionalismo, sem usar argumentos pessoais ou tentar influenciar opiniões favoráveis sobre si com bajulações.

Ambientes competitivos e com ameaça de demissão, onde o profissional precisa se destacar entre os outros, podem estimular um comportamento bajulador. Alguns funcionários procuram ficar íntimos dos chefes para serem notados, mas esse comportamento vai contra a etiqueta corporativa.

O “puxa-saquismo” atrapalha a imagem do profissional e passa a impressão de incompetência. Por outro lado, ficar quieto demais no seu canto pode ser uma postura negativa para a imagem. Se o funcionário não comunica seus resultados, pode acabar sendo “esquecido” na hora das promoções, ou ficar em situação de risco, em caso de cortes de pessoal.

A principal dica para o profissional é tratar seu superior com cordialidade, relatar resultados práticos do trabalho sem bajulação e, quando um problema ocorrer, apresentá-lo ao chefe com uma proposta de solução. E, principalmente, é preciso emitir suas opiniões com gentileza, mesmo que o chefe discorde delas.

Boa sorte!

Janaina Ferreira é professora do Ibmec-RJ. Amanhã, Sucesso nas Finanças

Você pode gostar