Por felipe.martins

Rio - Mesmo caindo três posições (de 5º para 8º) de um ano para outro no ranking de inclusão social das Américas, promovido pelo Conselho das Américas (Ascoa), o Brasil tem muito do que se orgulhar, segundo análise do relatório feito pela revista norte-americana Forbes. Conforme o levantamento da Ascoa, o Uruguai mantém-se no topo, mas a publicação online destaca que o país vizinho é muito menor e mais homogêneo.

A Argentina aparece na segunda posição do ranking, mas porque gasta em torno de 10,4% de seus recursos em programas sociais. Já o Brasil investe pouco menos, 9,9%. O que não quer dizer, porém, que as ações brasileiras são menos eficazes, destaca a publicação.

Conforme relatório do Conselho das Américas, Brasil é líder regional sobre os direitos civis LGBTEdu Cesar / iG

O Brasil continua a ser um líder regional sobre direitos LGBT, ficando em primeiro lugar, juntamente com o Uruguai e a Argentina, e também se destaca em inclusão financeira, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Conforme a pesquisa, as maiores carências sociais brasileiras permanecem na área dos direitos das mulheres, na desigualdade entre brancos e negros, e no escalão no governo.

O Congresso brasileiro é quase todo composto por homens, assim como a maioria dos governantes estaduais. O relatório do Conselho das Américas destaca que o país precisa de mais mulheres no poder político, apesar de o Brasil ser governado por uma presidenta. Porém, muitos entrevistados consideram que o governo não responde às suas necessidades.

Por fim, o estudo identificou ainda que o percentual de mulheres, indígenas e afro-brasileiros com acesso à moradia adequada, acesso a emprego formal, e que vivem em mais de US$ 4 (R$8,8) por dia melhorou no último ano no país, segundo o Conselho das Américas, grupo que reúne líderes empresariais e de opinião. O índice de inclusão social avalia 21 variáveis, como acesso a mercados de trabalho, serviços sociais, empregos formais e atitudes populares em direção a governo e poder pessoal. Também a participação na sociedade civil (por etnia, direitos das mulheres e LGBT, e de deficientes) e acesso à justiça.


PERCEPÇÃO EM BAIXA

DÉFICIT PÚBLICO

O setor público consolidado — governos federal, estaduais e municipais e empresas estatais — registrou pelo segundo mês seguido déficit primário. A queda do superávit primário do setor público ocorre em um momento de fraca atividade econômica, resultado do cenário internacional mais vagaroso, da baixa confiança do empresariado e das famílias, do aumento da inflação e da alta dos juros implementada pelo Banco Central.

RECORDE HISTÓRICO

Em junho, o déficit primário chegou a R$ 2,1 bilhões. Em maio, o déficit ficou em R$ 11,046 bilhões. É a primeira vez na série histórica do Banco Central (BC), que foi registrado déficit primário no mês de junho. A série histórica tem início em dezembro de 2001. Em junho de 2103, houve superávit primário de R$ 5,4 bilhões.

CAI ÍNDICE DE CONFIANÇA

O Índice de Confiança de Serviços (ICS), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), recuou 0,6% entre junho e julho. Após a sétima queda consecutiva, o índice atingiu 107,3 pontos, o menor nível desde abril de 2009, quando havia atingido 103,4 pontos.

O resultado de julho combina evoluções desfavoráveis nas percepções sobre o momento atual e favoráveis das expectativas. “O padrão confirma o efeito negativo da paralisação parcial das atividades durante a Copa, e a decorrente melhora nas previsões para o futuro próximo. Nesse contexto, é razoável supor uma suavização da tendência declinante do ICS ao longo dos próximos meses. A recuperação das expectativas abre espaço para uma estabilização ou mesmo algum aumento do ritmo de atividade nos próximos meses”, afirma Silvio Sales, da FGV/Ibre.

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