Por felipe.martins

Rio - As redes sociais são ambientes com características de espontaneidade e informalidade, mas convém tomar algumas precauções. É necessário medir os impactos do que se fala, especialmente se o perfil ou avatar for compartilhado com colegas de trabalho.

O mundo virtual pode ajudar na hora de conseguir um emprego. Muitas firmas usam a internet como um canal para divulgar vagas.

Por outro lado, as empresas pesquisam os perfis de candidatos e acompanham o comportamento de seus funcionários. Estar conectado pode somar ou tirar pontos de um profissional. Portanto, é preciso ser prudente com o que se publica nas redes sociais. Veja a seguir como transformar a web em uma ferramenta positiva na vida profissional.

PERGUNTA E RESPOSTA

Meu colega de trabalho foi demitido porque a empresa não aprovou seus comentários no Twitter. Que tipo de comentários devem ser evitados nas redes sociais? Nadir, Maracanã

Olá Nadir! É natural que situações do dia a dia se reproduzam no ambiente online. A internet pode dar uma falsa sensação de privacidade, mas os ‘desabafos’ e piadas têm causado constrangimentos, exclusão de processos seletivos e até demissões. Em geral, o usuário comete o equívoco de divulgar nas redes sociais assuntos, fotos e opiniões como se estivesse em uma roda de amigos, mas a web é pública.

As redes sociais mais pesquisadas pelas empresas são Facebook, Twitter e LinkedIn. Elas funcionam como vias de mão dupla, pois facilitam empresa e candidato se conhecerem.
Fazer parte da rede, participar de blogs ou fóruns pode contar pontos positivos na análise de currículo de um candidato. Mas é adequado não publicar comportamentos, fotos e opiniões que possam provocar dúvidas em relação aos valores do profissional.

De fato, no ciberespaço há um controle invisível, onde todos podem monitorar todos, o que elimina a possibilidade de privacidade. Para ter um perfil menos formal, o usuário pode criar uma conta, por exemplo, no Facebook, permitindo somente o acesso de familiares e amigos íntimos.

Mas nem assim ele terá sua privacidade garantida, pois um amigo pode publicar uma foto que ele não gostaria de ver divulgada. Também é prudente criar outra conta, exclusivamente profissional com livre acesso, por exemplo, no LinkedIn.

Não é errado postar assuntos pessoais ou brincadeiras, mas assuntos e momentos mais íntimos não precisam, nem devem, ser lançados na rede. É como no mundo real: escolhemos o quê, como e a quem dizer cada assunto. A seleção do que deve ser divulgado também passa pela imagem que o profissional quer transmitir e pela questão ética. Não denegrir pessoas ou empresas é questão de bom senso, seja o ambiente virtual ou não.

Janaina Ferreira é professora do Ibmec-RJ. 


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