Rio - As instituições bancárias cortaram 3.600 empregos nos primeiros sete meses deste ano. Enquanto os bancos privados e o Banco do Brasil eliminaram postos de trabalho, a Caixa Econômica Federal abriu 1.595 novas vagas no mesmo período.
Os dados são da Pesquisa de Emprego Bancário (PEB), da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), que faz o estudo em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base nos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho.
Segundo dados do levantamento, além do expressivo corte de vagas, a rotatividade continuou alta no período. Os bancos contrataram 20.075 funcionários e desligaram 23.675.
O Rio de Janeiro ficou em quarto lugar no ranking de desligamentos, com 463 cortes. Os estados que seguem são São Paulo (1.524), Rio Grande do Sul (621) e Minas Gerais (480). O estado com maior saldo positivo foi o Pará, com a geração de 208 novas vagas.
SALÁRIO MÉDIO
A pesquisa mostra também que o salário médio dos admitidos pelos bancos nos primeiros sete meses do ano era de R$ 3.303,55, contra o salário médio de R$5.216,86 dos desligados. Assim, os trabalhadores que entraram nos bancos receberam valor médio equivalente a 63,3% da remuneração dos que saíram no período.
A média dos salários dos homens na admissão foi de R$ 3.756,96 nos primeiros sete meses do ano. A remuneração das mulheres, entretanto, é menor com R$2.829,77, valor que representa 75,3% da remuneração de contratação dos homens na mesma função.
A média dos salários dos homens no desligamento foi R$ 6.000,16 no período, enquanto a remuneração das mulheres era R$ 4.386,33. Isso significa que o salário médio das mulheres no desligamento equivale a 73,1% da remuneração dos homens até o mês de julho.
Bancários querem avançar nas discussões da pauta
Os bancários de todo o país abriram a semana em clima de Campanha 2014, para discutir, além do reajuste salarial, melhores condições de trabalho. Na próximas quarta e quinta-feira ocorre a segunda rodada de negociação com banqueiros, abordando as reivindicações de igualdade de oportunidades e segurança bancária.
Conforme o comando nacional dos bancários, os bancos precisam avançar muito na discussão sobre os principais temas da pauta de reivindicações. As discussões em relação às metas abusivas e ao assédio moral prosseguirão após os bancos apresentarem, na segunda-feira, os dados solicitados pelo Contraf-CUT sobre os afastamentos de bancários por razões de saúde.