Por bferreira

Rio - A correção dos valores da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) a partir do ano-calendário de 2015 está assegurada, confirmou ontem o ministro da Fazenda, Guido Mantega. O reajuste em 4,5% dos valores da tabela foi anunciado pela presidenta Dilma Rousseff na véspera do Dia do Trabalhador. O benefício consta da Medida Provisória 644, que perdeu validade sem ser aprovada pelo Congresso. “Vamos resolver isso com nova lei. Não vamos deixar sem essa revisão da tabela”, afirmou o ministro.

Apesar da perda de validade da MP, ele informou que a correção está assegurada, mas não indicou como o governo fará para aprovar a medida. Pelas condições atuais, estão isentos do recolhimento do IR os trabalhadores que recebem até R$1.787,77 por mês e, com o reajuste, a isenção deve passar a R$ 1.868,22. Porém, os trabalhadores pedem uma correção maior, alegando que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado como referência no sistema inflacionário, tem ficado acima do centro da meta. Em 12 meses até julho, o índice ficou em 6,5%.

Indagado se haveria aumento no preço da gasolina ainda neste ano, Mantega afirmou que “todo ano tem aumento da gasolina.” “Este ano não deve ser diferente. Ano passado tivemos dois aumentos de gasolina. Não há uma regra fixa, mas todo ano pode ter um ou dois aumentos de gasolina”, disse.

Em 2013, foram feitos dois reajustes nos preços do combustível. O primeiro, em janeiro, quando a Petrobras reajustou o diesel em 5,4% e a gasolina, em 6,6%. O último foi no fim de novembro, quando a estatal anunciou que os preços da gasolina e do diesel foram reajustados nas refinarias. Na ocasião, a alta foi de 4% para a gasolina e de 8% para o diesel.

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