Por felipe.martins

Rio - Os recentes episódios de vazamento de fotos íntimas de celebridades reforçam a importância dos cuidados ao manusear dados pessoais no celular. Segundo especialistas, a receita é simples, basta redobrar a atenção com senhas, instalar programas de proteção contra vírus e ter a consciência de que o smartphone hoje é tão usado quanto os computadores. Tal realidade não só exigiu a indústria se voltar para o segmento móvel, como também fez hackers aprimorarem os ataques direcionados aos celulares.

Executivo-chefe da PSafe, Marco DeMelo diz que a indústria de segurança reagiu rápido à migração do usuário para os dispositivos móveis. “Há uma explosão de smartphones. Somente no Brasil, vamos encerrar 2014 com 70 milhões de aparelhos com a plataforma Android. Não há dúvida de que o crescimento de ataques a celulares é uma consequência desta locomoção. Os clientes estão 24 horas conectados”, destaca DeMelo.

Usuários de celulares devem ficar atentos às novas formas de ataques. Indústria da Segurança da Informação já se adaptou à realidade. Clique na imagem para ver dicas de usoArte O Dia

Segundo ele, as formas de ataques não são necessariamente novas. O que precisa mudar é o hábito das pessoas. Na maioria dos casos, elas usam a mesma senha para rede social, e-mail pessoal, internet banking e armazenamento dos dados."A vulnerabilidade nesta situação é imensa. É um hábito que precisa mudar”, disse o especialista. Segundo DeMelo, estudos já comprovaram que 30% das senhas online são 0000 ou 1111 e variações, o que facilita golpes.

Uma das dicas é proteger o celular com programas que protejam contra códigos maliciosos. Há no mercado opções gratuitas, como antivírus Security AVG, Avira, Avast e Kaspersky. Mas o Psafe Total é o primeiro da América Latina a oferecer proteção em nuvem, 24 horas por dia. O aplicativo foi lançado em janeiro e já tem mais de 15 milhões de downloads. Todas as opções podem ser encontradas no Google Play Store.

Gerente de projetos-PMP e especializado em Segurança da Informação, Reinaldo Medeiros afirma que o usuário deve entender que o celular requer o mesmo cuidado do computador ao manusear dados sigilosos: “Nenhum sistema é 100% seguro. O e-mail, por exemplo, é igual um cartão postal. Se não criptografar, terceiros terão acesso ao conteúdo.”

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou que a segurança com que são feitas as operações financeiras é uma das preocupações centrais. Segundo a entidade, o setor bancário investe cerca de R$ 20,6 bilhões por ano em Tecnologia da Informação, incluindo ferramentas destinadas a evitar possíveis tentativas de fraudes ao usuário.

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