Por felipe.martins

Rio - O valor dos imóveis do programa Minha Casa, Minha Vida deve sofrer um reajuste a partir de 2015. Atualmente para a faixa de renda familiar de até R$ 5 mil, o custo de um imóvel vai de R$ 90 mil a R$ 190 mil de acordo com a Região Metropolitana do país. A possível correção foi anunciada pela secretária nacional de Habitação do Ministério das Cidades, Inês Magalhães, durante evento do setor da construção, em São Paulo, no início da semana. Ela, no entanto, não adiantou qual será o percentual de reajuste nem quando passará a vigorar o novo patamar.

O aumento do teto do custo dos imóveis é um pleito das empreiteiras, que reclamam que os gastos com as obras aumentaram nos últimos anos e os recursos repassados pelo governo são insuficientes. Apesar de sinalizar mudanças no programa habitacional, Inês avalia que é preciso cautela antes de anunciar aumento de preços para que os empreiteiros não deixem de lado os projetos com valores atuais.

“Nós trabalhamos para desindexar a economia e não criar expectativas. Os empresários seguram o investimento para aproveitar o preço maior depois. O que nos queremos é que haja investimentos contínuos”, afirma a secretária.

Ela ainda ressaltou que a pasta faz análises periódicas dos custos de construção e promove reajustes sempre que necessário. O comentário da secretária ocorreu após a presidenta da República, Dilma Rousseff, anunciar que três milhões de novas unidades serão contratadas na terceira fase do programa, além dos 350 mil imóveis anunciados durante a transição para o próximo ciclo.

De acordo com o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Rodrigues Martins, a atualização nos preços é natural, sobretudo porque há três anos nenhum reajuste no valor dos imóveis foi concedido.

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