Por felipe.martins

Rio - Com uma média de 2,118 milhões de barris de petróleo por dia em setembro, a Petrobras por muito pouco não bateu o próprio recorde de produção registrado há quase quatro anos. Em dezembro de 2010, a estatal alcançou 2,122 milhões por dia. Em relação a agosto deste ano, a alta foi de 0,6%.

O crescimento da produção no mês passado decorreu, principalmente, do aumento de atividade nas plataformas P-55 e P-62, em Roncador, na Bacia de Campos, e no navio-plataforma Cidade de Paraty, em Lula Nordeste, na Bacia de Santos.

“No mês de setembro, seis novos poços offshore iniciaram operação nas bacias de Santos e Campos, sendo cinco poços produtores e um injetor. Com eles, um total de 53 novos poços já entrou em operação no ano de 2014”, afirmou a estatal por meio de nota.

Plataforma Cidade de Mangaratiba processa até 150 mil barris por diaDivulgação

A Petrobras tem repetido que mantém a perspectiva de crescimento da produção média de 7,5% em 2014, frente a volume produzido no ano anterior, de 1,93 milhão de barris diário. Segundo a empresa, podendo variar um ponto percentual para cima ou para baixo.

NAVIO-PLATAFORMA

Na terça-feira entrou em operação o Navio-Plataforma Cidade de Mangaratiba, instalado na área de Iracema Sul, no pré-sal da Bacia de Santos. De acordo com a estatal, a nova plataforma é uma unidade que produz, armazena e transfere petróleo.

A capacidade de processamento chega a 150 mil barris de petróleo e 8 milhões de metros cúbicos de gás por dia, além de armazenar 1,6 milhão de barris. O Poço 4-RJS-647, primeiro a ser interligado à plataforma, tem potencial de produção diária superior a 30 mil barris. “O petróleo produzido na área de Iracema Sul é de elevada qualidade e de média densidade e será escoado por navios aliviadores", destacou a estatal.


Estatal decide sobre reajuste

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, deixou nas mãos do Petrobras a decisão de reajustar ou não o preços da gasolina ainda este ano. Com a queda na cotação do barril de petróleo no mercado internacional o aumento, que era dado como certo, teria condições de ser evitado, já que eliminou a defasagem do combustível vendido no Brasil em relação ao preço praticado no exterior.

“Não significa que não haverá aumento. É uma decisão da empresa”, explicou o ministro.
Nos últimos meses, a Petrobras era obrigada a importar o combustível por um preço mais alto e a vender no país a valores inferiores, o que gerou prejuízo à estatal de R$ 2,7 bilhões desde novembro de 2013. Caso decida pelo aumento será mais um fator de pressão para a alta da inflação.

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