Por bferreira

Bahia - O setor de franquias do país deve crescer entre 5,5% a 7% este ano, número expressivo, mas abaixo dos índices de dois dígitos registrados na última década. “Está abaixo do que havíamos projetado, refletindo a conjuntura econômica do país”, afirmou ontem a presidenta da Associação Brasileira de Franchising (ABF), Cristina Franco, em encontro que a partir de hoje reúne cerca de 600 empresários do setor, representando 2,4 do PIB nacional. O evento vai discutir os rumos do varejo a partir de 2015.

Com faturamento de R$115,6 bilhões em 2013, a empresária do Grupo Multi lembrou que, assim como o país, o setor não é isolado e se ressente também da queda da economia no mundo.

“Este ano foi atípico no país, envolvido pelos efeitos da Copa e das eleições, em que a economia apresenta baixo desempenho. No entanto, mesmo com essa conjuntura, o franchising permanece crescendo acima do PIB”, ressaltou.

Para voltar a aumentar dois dígitos por ano, a partir de 2015, a presidenta da entidade diz que, como o mercado de franquias está consolidado, o setor agora espera as definições macroeconômicos do segundo governo de Dilma Rousseff.

Os empresários do setor vão produzir a “Carta de Una”, que será encaminhada tanto ao Executivo nacional quanto ao Congresso. Eles solicitam um melhor tratamento para os microempresários, via a consolidação do Simples nacional, simplificação dos tributos e apoio para promover à internacionalização das marcas brasileiras no exterior.

Novos formatos são as apostas

Para desenvolver mais ainda a partir do próximo ano, a ABF aposta em novos formatos de gestão de franquias, voltadas para cidades fora de grandes centros urbanos, mas com capacidade de consumo. Assim, o olhar da entidade se volta a modelos que possam ser implantados em municípios com até 50 mil habitantes. Um projeto piloto é implantado na cidade de Pederneiras, próximo a Bauru, a 340 quilômetros da capital paulista. Lá, em parceria com a prefeitura, que cedeu terreno de 5.500 metros quadrados, será implantada rua de serviços com empresas que quiserem se instalar na região.

“Novos espaços e serviços sempre foram explorados pelo setor de franquias”, destaca Reynaldo Saad, sócio-diretor da consultoria Deloitte, que produziu o estudo que analisa o mercado composto por 2.073 marcas.

O repórter viajou a convite da ABF

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