Por bferreira

Rio - O clima de Natal já chegou ao comércio de rua no Rio. Mercados populares como a Sociedade de Amigos das Adjacências da Rua da Alfândega (Saara) e o Mercadão de Madureira já estão com as lojas decoradas e prontas. E melhor, já dá para garimpar e encontrar opções de presentes e lembranças por preços a partir de R$1,99.

Na Saara%2C Sônia Regina busca cores diferentes para a decoração de NatalFernando Souza / Agência O Dia

Por este valor, por exemplo, o consumidor leva brincos coloridos de diversos modelos no Atacadão Biju, na Rua da Alfândega, no Centro. No mesmo mercado, a loja Siloé tem blusas femininas de alcinha estampadas por R$ 12, short-saia de tricô por R$ 20 e vestidos a partir de R$ 32. Quem busca roupas masculinas consegue camisetas por R$ 19,90 e bermudas a R$ 39,90, na Overblack, na Saara.

A dona de casa, Marcia Cristina Amaral, 43 anos, já começou a comprar os presentes. “A lista está grande e quanto mais cedo começar a procurar, melhor. Assim consigo preços bons e os estoques ainda estão cheios”, explica a consumidora.

Como sempre, a televisão pauta a moda no comércio popular. Na Saara, os brincos que imitam os usados pela presidenta Dilma na campanha eleitoral são a tendência da vez. Criados pela grife Dior, as duas pérolas ganharam versões coloridas nas lojas da região e custam em torno de R$ 10, o par. A cópia do anel do comendador José Alfredo, da novela Império, sai pelo mesmo preço.

De um modo geral, os lojistas estão otimistas. Presidente da Saara, Ênio Bittencourt conta que os comerciantes esperam recuperar o prejuízo que tiveram no começo do ano, com o início das obras de revitalização da Região Portuária. “Com a redução das vagas nas ruas do Centro, tivemos queda de 40% nas vendas. Esperamos recuperar a perda agora com o Natal”, explica.

Subsíndica do Mercadão de Madureira, Sheila Reis também estima um aumento na movimentação de pessoas no centro comercial a partir dessa semana. “Até sexta-feira, o movimento estava fraco, mas após o feriado do 15 de novembro acredito que haverá uma melhora. Mas o maior movimento costuma ser depois do dia 20, quando as pessoas recebem a primeira parcela do 13º salário”, afirma.

É o caso do professor Angelo Lomáximo de Mello, 42, que vai esperar chegar mais perto do Natal para comprar presentes. “Ainda não comecei a pensar nisso. Talvez volte à Saara, onde os preços são mais em conta”, explica.

De acordo com Sheila, quem compra à vista consegue bons descontos. “O negócio é ir com dinheiro. Se comprar em quantidade, no atacado, também sai mais barato. Tem que ter bastante paciência e procurar com calma, porque os preços variam de uma loja para a outra mesmo dentro do Mercadão”, avisa.
Consultor de varejo do Grupo AZO, Marco Quintarelli reforça o conselho: “Quem compra à vista tem melhores condições de negociação, principalmente em lojas pequenas. Vale a pena se programar e ir comprando aos poucos”, acrescenta.

Árvores por R$ 3,30 e até R$ 1.800

Com seis lojas apenas no Município do Rio, a Caçula também já começou as vendas de produtos natalinos e espera um crescimento de 20% em relação ao ano passado. O catálogo inclui árvores de Natal de diversos tamanhos, com preços variando entre R$ 3,30 para o modelo de 30cm a R$ 1.800, para o de quatro metros.

Presépios, papais noéis, bonecos diversos, guirlandas, fitas temáticas, entre outros itens, chegam às prateleiras em inúmeras cores e combinações. O destaque este ano é a cor branca e o uso de enfeites iluminados.

Um espaço temático em cada unidade da rede exibirá as novidades, como pisca-piscas à prova d’água, bolas iluminadas à bateria e enfeites com lâmpadas de LED, entre outros.

Enfeites nada comuns nas cores azul e rosa

A maior procura dos consumidores tem sido por artigos para a decoração que fujam do lugar-comum. As árvores de Natal com lâmpadas de LED, por exemplo, têm feito sucesso e custam entre R$ 200 e R$ 300 nesses centros comerciais. Papais noéis infláveis e em tamanho real também se destacam. Os preços variam entre R$ 150 e R$ 800.

Quem quiser decorar a casa gastando menos encontra também árvores de Natal com 2,10 metros de altura por R$ 60, na Saara. A caixa com 100 pisca-piscas sai por R$ 15. Por esse preço, o consumidor também compra o conjunto de bolas decorativas.

A secretária Sônia Regina Fonseca, 51 anos, já está pensando na decoração e quer inovar este ano. Ela conferiu as árvores de Natal nas cores azul e rosa no Armarinho Dois Irmãos, na Saara.

“Gostei dessa azul e branca. Mas também gosto das cores rosa e lilás. Quero algo diferente. O preço está um pouco salgado, mas se a gente garimpar consegue fazer uma decoração interessante pagando pouco”, diz a consumidora.

A dona de casa Marcia Cristina Amaral, 43, também está animada para comemorar o Natal. “Já comprei um Papai Noel enorme e muitos pisca-piscas. Ainda pretendo comprar mais produtos, estou pesquisando para ver se encontro algo diferente”, conta.

Para o professor Angelo Lomáximo de Mello, 42, o Natal deste ano será especial. Ele vai decorar a casa pela primeira, incentivado pela namorada, a também professora Isabelle Sodré, 32. “Vim à Saara buscar preços mais em conta e achei valores razoáveis. Vamos fazer uma decoração tradicional mesmo, nas cores vermelho e dourado”, disse.

Fim de ano com nome limpo na praça

Regularizar as finanças no fim do ano é o desafio de todo consumidor. Mas é fundamental para que os gastos com as compras de Natal não se acumulem com as dívidas existentes e resultem em dores de cabeça em janeiro.

E uma das possibilidades de acertar pendências é o Super Feirão Limpa Nome online,que foi prorrogado até o dia 21. Os interessados podem renegociar débitos, gratuitamente, por meio do site do Serasa Consumidor, braço da Serasa Experian.

É possível conseguir descontos especiais. A iniciativa reúne 42 empresas e visa facilitar a renegociação de dívidas.

Para participar, é preciso entrar em www.serasaconsumidor.com.br/limpa-nome-online e preencher um cadastro. Há uma página onde são listadas todas as empresas do serviço com as quais o consumidor tem dívida pendente e que constam na base de dados da Serasa.

O mais importante ao negociar, segundo Fernando Cosenza, diretor de Sustentabilidade da Boa Vista SCPC, é o cliente enfrentar o problema de frente. “Não há porque ter vergonha de estar com alguma dívida em atraso, principalmente porque está decidido a resolver esta pendência. O melhor a fazer é ir de cabeça erguida até a empresa credora e tentar chegar a um acordo que seja bom para o seu bolso. Ter um valor para sugerir como uma possível entrada ajuda muito neste processo, já que o credor tem interesse em receber o valor pendente. A entrada é uma garantia de que, ao parcelar o valor restante, o consumidor está disposto a pagar”, explica Cosenza.

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