Por thiago.antunes
Rio - O cuidado com as finanças terá que ser ainda maior este ano para compensar a inflação e os juros altos, que continuam atingindo o bolso dos brasileiros. Em 2014, a poupança teve a maior rentabilidade (7,16%) desde 2011, mas a inflação alta corroeu ganhos, gerando aumento real de apenas 0,71%. É o quinto pior desempenho anual desde 1994, segundo dados da Economatica.
E não deve melhorar este ano, no que depender das expectativas do mercado financeiro. O boletim Focus, divulgado ontem pelo Banco Central, voltou a aumentar a projeção de inflação para 2015. A estimativa passou de 6,56% para 6,6%, acima do teto da meta, que é 6,5%.
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Já a taxa de juros cobradas pelos cartões de crédito atingiu, em dezembro, o maior nível desde 1999. De acordo com pesquisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac), os juros da modalidade subiram pelo segundo mês seguido e alcançaram média de 258,26% ao ano. Dessa forma, uma dívida de R$100 no cartão, por exemplo, chega a R$ 358,26 após 12 meses.
No caso do cheque especial, a taxa passou de 167,94% para 178,8% ao ano — o maior patamar desde setembro de 2003. Segundo a Anefac, houve alta nos juros para as empresas em dezembro. A taxa média passou de 50,93% ao ano em novembro para 51,81%.
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