Por bferreira

Rio - Entidades que se intitulam representantes de aposentados e pensionistas do INSS continuam tentando se aproveitar dos segurados ao enviar correspondências para as residências. Nos documentos, essas associações fazem promessas de ganhos com ações que os aposentados podem entrar na Justiça para conseguir revisão de benefício. As mais recentes reclamações que chegaram à coluna são contra a Associação dos Aposentados e Pensionistas do Rio de Janeiro (AAPRJ). A carta que esta entidade envia trata da possibilidade de o segurado entrar com processo para ter reconhecido o direito à chamada desaposentação.

Como em outras situações, os aposentados reclamam que não sabem como seus dados e endereços caem nas mãos dessas associações que aproveitam para enviar cartas oferecendo serviços jurídicos. Há casos em que os segurados precisam se associar e pagar taxas mensais. A coluna tentou contato com a associação várias vezes na quinta e sexta-feiras, mas ninguém atendeu o telefone informado na carta.

Na correspondência encaminhada a uma aposentada que pediu para não ser identificada, a entidade tenta despertar ainda mais o interesse de quem se aposentou, mas continuou trabalhando com carteira assinada e contribuiu para a Previdência Social nos anos seguintes. A AAPRJ informa no documento que um de seus associados, o Nelson, “recebia R$ 1.703 após o recálculo passou a receber R$4.390,24, ainda teve R$ 18.184,56 referentes às diferenças atrasadas, assim como muitos associados”. E pede que a pessoa se apresente o mais rapidamente possível para fazer análise gratuita do caso na sede que, segundo o impresso, fica na Rua do Acre, no Centro do Rio.

De acordo com o gerente-executivo da Gerência Norte do INSS no Rio, Alexandre Maia, outro fator que leva o aposentado a acreditar que as informações são idôneas é que muitas entidades tentam mostrar que prestam serviço para a Previdência Social. Ele defende que essas associações devem ser denunciadas.

A queixa pode ser feita em uma agência do INSS, na Ouvidoria do instituto por meio da Central 135 e do site www.previdencia.gov.br. Registro também deve ser formalizado na Polícia Federal com as devidas provas. As correspondências servem de comprovação.

Mas para os segurados, o que chama mais atenção é como as entidades conseguem ter acesso aos dados ao ponto de mandarem correspondência para a casa deles.

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