Por bferreira

Rio - A Federação Nacional dos Petroleiros, que reúne cinco sindicatos que representam funcionários da Petrobras, aprovou no domingo o indicativo de greve de um dia para 24 de julho, contra a venda de ativos e em defesa de direitos dos trabalhadores.

A Federação Única dos Petroleiros (FUP), que aglutina outros 12 sindicatos, já havia aprovado a indicação de greve. Entidades sindicais de ambas as federações agora fazem assembleias para obter a aprovação dos empregados sobre os protestos.

As duas federações, que costumavam se tratar como rivais, iniciaram conversas para unificar uma agenda que promete mostrar força contra medidas adotadas pela atual diretoria da estatal diante das dificuldades financeiras. O Sindipetro Norte Fluminense, filiado à FUP e responsável pelos funcionários da Bacia de Campos — a mais importante do país —, deve aderir ao movimento. Impactos na produção na região, responsável por mais de 70% da produção de petróleo do país vão depender de equipes de contingência da Petrobras.

“Os trabalhadores vão entregar a produção para gestores da companhia e se eles entenderem que não têm condições de levar a produção com equipes de contingência, a gente vai se propor a parar a produção”, disse, Marcos Brêda, diretor Sindipetro Norte Fluminense.

“Isso depende muito da Petrobras, mais do que dos trabalhadores, se vai atingir a produção ou não.”, afirmou.

Em geral, em greves anteriores, a empresa conseguiu minimizar os efeitos da paralisação para a produção. Brêda afirmou que a adesão das plataformas da Petrobras, que somam quase 50 unidades próprias na Bacia de Campos, ainda não foi finalizada. Procurada para explicar como está se preparando para lidar com a greve, a Petrobras não respondeu aos questionamento.

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