Por bferreira

Brasília - O mercado financeiro trabalha com mais uma alta da taxa básica de juro, a Selic. Pesquisa do Banco Central com instituições aponta que o Conselho de Política Monetária (Copom) vai elevar o índice em 0,5 ponto percentual na reunião que começa hoje, em Brasília. Com alteração — a sétima seguida — a Selic aumentaria de 13,75% ao ano para 14,25% ao ano. A nova taxa será anunciada amanhã. Pelo levantamento, a Selic fecharia o ano neste mesmo patamar, sem sofrer mais alterações.

O mercado avalia que como o BC está tentando conter a inflação, a expectativa é mais uma alta da taxa básica na reunião de hoje e amanhã. Para este ano, a estimativa do mercado é de que o IPCA fique em 9,23%, acima do limite da meta do governo, que é 6,5%. Para 2016, a projeção permanece em 5,4%. Já para o PIB, a expectativa é de de retração de 1,76% este ano.

Em mais um dia agitado, o dólar fechou em mais uma alta. A moeda avançou 0,51%, cotada a R$ 3,36. É a maior desde 28 de março de 2003, quando encerrou em R$ 3,37. Ontem, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, afirmou que o governo não estuda usar recursos de reservas internacionais para controlar o câmbio. Segundo ele, as reservas — estimadas em US$360 bilhões — dão mais autonomia na condução da política econômica, sem ter que recorrer a organismos internacionais.

BOLSA CAI 8,5% NA CHINA

O governo chinês vai manter a política de compra de ações para tentar estabilizar e minimizar o impacto das perdas do mercado interno. Só ontem, a Bolsa de Xangai caiu 8,5%, maior queda em oito anos. Pregões europeus foram arrastados. As maiores quedas foram na Itália (-2,97%), França (-2,57%) e Alemanha(-2,56%). Nos EUA, foi de -0,96%. A Bovespa caiu 1,04%, a 48.735 pontos.

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