Por fernanda.macedo

São Paulo - O dólar avançou e atingiu, nesta quarta-feira, o valor de R$ 3,50 pela primeira vez em doze anos. Por volta das 11h32, a moeda americana avançava 0,73%, a R$ 3,4895 na venda. O dólar atingiu R$ 3,5009 na máxima da sessão, maior patamar desde 11 de março de 2003, quando foi a R$ 3,5230.

Trata-se da quinta sessão consecutiva de alta, após acumular avanço de 4,05% nos últimos quatro pregões. "Para cada motivo que alguém encontra para vender (dólares), tem dez para comprar", disse à Reuters o superintendente de derivativos de uma gestora de recursos nacional.

Trata-se da quinta sessão consecutiva de alta, após acumular avanço de 4,05% nos últimos quatro pregõesReprodução Internet

No exterior, a perspectiva de alta de juros dos EUA no mês que vem contribui para elevar o dólar em escala global. "Não há dúvida de que o Fed não vai demorar para aumentar juros. Agora, é a hora de o mercado fazer ajustes finos, aumentando ou diminuindo pouco a pouco a chance de (alta de juros em) setembro", disse o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.

As apostas em alta de juros no próximo mês ganharam força após o índice do setor de serviços do Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM, na sigla em inglês) atingir em julho a máxima em dez anos. O dado ofuscou a criação de postos de trabalho no setor privada abaixo do esperado no mesmo mês, divulgada mais cedo.

Na véspera, o presidente do Fed de Atlanta, Dennis Lockhart, afirmou que estava pronto para apoiar uma alta de juros em setembro. Nesta sessão, no entanto, o diretor do Fed Jerome Powell disse que o banco central ainda não decidiu se dará início ao aperto monetário no mês que vem.

Mais tarde, o Banco Central brasileiro dará continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em setembro, com oferta de até 6 mil contratos, equivalentes a venda futura de dólares.


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