Por fernanda.macedo

Brasília - O vice-presidente Michel Temer classificou como "burburinho" a possível volta da CPMF, negando que ela esteja sendo avaliada pelo governo, embora tenha admitido que seja uma medida que venha a ser necessária.

"Por enquanto é burburinho. Vamos esperar o que vai acontecer nos próximos dias", disse Temer a jornalistas em São Paulo após encontro com o ex-presidente francês Nicolas Sarkozy, em São Paulo.

'Vamos esperar o que vai acontecer nos próximos dias', disse o vice-presidenteReuters

Duas fontes do governo disseram à Reuters, sob a condição de anonimato, que há uma proposta em análise e ela consiste na recriação do tributo agora como imposto e não mais como contribuição, de modo que a receita a ser arrecadada com ele possa ser partilhada com Estados e municípios, o que poderia aumentar o apoio político para sua aprovação pelo Congresso.

Perguntado se o PMDB apoiaria a medida, Temer disse que o assunto não foi examinado ainda. "Evidentemente que a primeira ideia é sempre essa: não se deve aumentar tributo, mas, por outro lado, há muitas vezes a necessidade, não estou dizendo que nós vamos fazer isso, a necessidade de apoiar medidas de contenção, e talvez a medida da CPMF seja uma dessas medidas", disse, para acrescentar que "não está sendo examinada pelo governo e que por enquanto é burburinho".

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