Por bferreira

Rio - A inflação no mês de agosto foi um pouco menos cruel com os consumidores, apresentando o menor aumento para o período desde 2010. Divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês passado ficou em 0,22%, contra 0,62% no mês anterior. A queda no preço dos transportes, influenciada pelo recuo de 24,9% no valor das passagens aéreas, foi o que mais contribuiu para a desaceleração no índice.

No Rio de Janeiro, o IPCA recuou 0,02% frente à variação de 0,46% em julho. No estado, as quedas que mais influenciaram no índice foram em setores de transportes (-0,71%), alimentação e bebidas (-0,42%) e artigos de residência (-0,57%). Os principais itens que sofreram variação negativa foram a passagem aérea, com recuo de 22,59%, o tomate, com queda de 21,49% e a batata inglesa, cujo preço caiu 20,83%. Já os itens que mais sofreram aumento em agosto no Rio foram a taxa de água e esgoto, que subiu 9,29%, o valor do pedágio, com aumento de 4,57, e o gás veicular, com reajuste de 3,88%.

Apesar da boa notícia, o recuo na inflação ainda não alivia o bolso da população. No acumulado do ano, o índice no Brasil ficou em 7,06%, o maior desde 2003, quando o IPCA ficou em 7,22%. Já no acumulado nos 12 meses, o índice se situou em 9,53%, próximo dos 9,56% dos 12 meses imediatamente anteriores.

Coordenadora de Índice de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos destacou o impacto do setor de alimentos e bebidas. “Nós tivemos quedas no preço da cebola e da batata-inglesa, itens que vinham subindo muito nos últimos meses. Por outro lado, outros subiram, como a farinha de mandioca, muito consumida no Nordeste, e a carne, muito importante na mesa das famílias”, frisou.

Ainda segundo Eulina, o recuo de 0,42% da energia elétrica, que não apresentava queda desde março de 2014, também contribuiu para a desaceleração da taxa.

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