Por gabriela.mattos

Brasília - A prévia da inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), subiu menos, pelo terceiro mês consecutivo. O indicador do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentou alta de 0,39%, após avançar 0,43% em agosto. No acumulado de 12 meses, o IPCA-15 repetiu a taxa de 9,57% do mês anterior.

O recuo da taxa entre agosto e setembro deste ano foi provocada, principalmente, pela queda de preços de 0,06% dos alimentos em setembro. Em agosto, o grupo alimentação e bebidas teve uma inflação de 0,45%. Já a alta de habitação desacelerou a 0,68% neste mês, contra 1,02% em agosto.

Mesmo o indicador desacelerando, especialistas dizem que ainda não é momento de comemorar. “Infelizmente, o recuo da inflação deve-se, principalmente, a queda na demanda, que une a diminuição do poder de compra por conta da inflação e o aumento do desemprego”, explica o professor de Economia do Ibmec/RJ, Daniel Sousa.

Dos itens analisados entre os dias 14 de agosto e 14 de setembro, a passagem aérea teve a maior alta, de 23,17%. “Nesse momento, os consumidores estão comparando as passagens para as férias de final de ano. Esse movimento provoca aumento nos preços. É normal observarmos oscilações nos preços desse serviço”, explica o pesquisador do IBRE/FGV, André Braz.

O segundo item com a maior alta foi o gás de botijão, com avanço de 5,34. O reajuste do preço do gás, de 15% no último dia 1º, alavancou o índice.

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