Brasília - O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Nelson Barbosa, disse, nesta segunda-feira, que o governo reduziu em 7,5% os gastos com despesas administrativas no primeiro semestre deste ano.
De acordo com o ministro, o gasto foi de R$ 14,1 bilhões de janeiro a agosto e houve redução em todos os tipos de gastos, exceto nas despesas com energia elétrica, que tiveram uma alta de 34,5%.
Barbosa apontou que a maior queda, em termos percentuais, ocorreu em relação a diárias e passagens: 35,5%. O gasto total no primeiro semestre com este tipo de despesa foi de R$ 798 milhões. Segundo ele, os dados mostram que o esforço funcionou para que, em 2015, o gasto com o custeio da máquina pública fosse o menor em cinco anos.
Barbosa ressaltou, no entanto, que a recuperação do gasto primário do governo ainda “levará um tempo” para ser sentida. Este tipo de gasto engloba as receitas menos despesas, sem calcular o que o País paga de juros da dívida pública.
Além de enxugar despesas, o governo tem buscado reequilibrar estas contas também aumentando impostos. "Com esse reequilíbrio macroeconômico, esperamos recuperar o crescimento com geração do emprego. Essa é a melhor politica social do governo", disse Barbosa. "Estamos em um momento de inflação elevada e um déficit primário. Não é adequado adotar novas medidas de estímulo, mas sim de controle da inflação e de recuperação fiscal."
Barbosa ainda repetiu que a reforma ministerial a ser anunciada pela presidente Dilma Rousseff, nesta semana, contribuirá com um esforço fiscal de apenas R$ 200 milhões em 2016. "A maior economia não é tanto o valor, mas uma racionalização e melhoria na gestão do governo unificando centros de custo, integrando algumas áreas. Obviamente, é um valor pequeno", reconheceu.
