Por thiago.antunes

Rio - O emprego industrial fechou o mês de agosto com queda de 0,8% no número de postos de trabalho, na comparação com o mês anterior, no oitavo resultado negativo consecutivo, acumulando retração de 5,6%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a retração em agosto foi 6,9%, neste caso o 47° resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto e o mais intenso da série histórica, que começou em janeiro de 2001. No índice acumulado no ano de 2015, o total do pessoal ocupado na indústria recuou 5,6%.

O índice acumulado nos últimos doze meses, ao recuar 5,1% em agosto, manteve a trajetória descendente iniciada em setembro de 2013 (-1,0%). As contribuições negativas mais relevantes sobre a média nacional vieram de meios de transporte (-10,4%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-13,1%), produtos de metal (-10,5%), máquinas e equipamentos (-7,2%), alimentos e bebidas (-2,4%), e outros produtos da indústria de transformação (-9,2%).

Os dados mostram ainda que houve queda de 0,9% no número de horas pagas em agosto, em relação ao mês anterior, a sexta taxa negativa consecutiva, acumulando nesse período perda de 5,5%. Na comparação com agosto do ano anterior, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria caiu 7,5%, em agosto de 2015, vigésima sétima taxa negativa consecutiva neste tipo de confronto e a mais intensa desde o início da série histórica.

O índice de horas pagas acumulado de janeiro a agosto de 2015 recuou 6,2%, intensificando o ritmo de queda frente ao fechamento do primeiro semestre do ano (-5,8%) – ambas as comparações feitas com os mesmos períodos do ano anterior. O índice acumulado nos últimos doze meses, ao passar de -5,5% em julho para -5,8% em agosto, manteve a trajetória descendente iniciada em setembro de 2013 (-1,0%).

O recuo no resultado acumulado nos oito meses de 2015 reflete números negativos nos dezoito setores pesquisados, com os impactos mais relevantes vindos dos ramos meios de transporte (-11,2%) e produtos de metal (-10,8%).

Você pode gostar