Por felipe.martins, felipe.martins
Rio - Neste fim de ano, os consumidores devem ficar cada vez mais atentos com ofertas de linha de crédito, principalmente a chamada ‘Antecipação do 13º’. O crédito pode ajudar a quitar uma dívida que chega a tirar o sono, a investir em um negócio, a comprar algo ou até mesmo a realizar a viagem dos sonhos.
Mas, antes de solicitar o crédito, é preciso avaliar dois fatores importantes. O primeiro é o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), já que, normalmente, o IOF é financiado automaticamente no valor da prestação. O segundo são os juros, pois vão determinar o valor final a pagar.
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Temos que lembrar ainda que a contratação deste produto está sujeita à análise de crédito e outras condições. Inicialmente, a antecipação do 13º parece atrativa e a solução para quitar dívidas. Mas os consumidores devem ser criteriosos, pois poucas são as vezes que o uso do crédito é vantajoso.
PERGUNTA E RESPOSTA
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Tenho visto muitas propagandas de empresas e bancos que antecipam o 13º para clientes. Vale a pena? Em quais situações isso seria vantajoso para o consumidor?, Jorge Souza, email
Jorge, muitos bancos oferecem essa alternativa para seus clientes, o que não significa que fazer uso desse crédito seja vantajoso. Somente opte por isso se os juros do que você precisar pagar e não puder esperar até o momento do recebimento do 13º for maior do que os juros desta transação. Fique bem atento às taxas cobradas pelas instituições. O único motivo que justificaria pegar este dinheiro seria mesmo uma dívida para quitá-la integralmente.
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Só há vantagem em antecipar o 13º salário em caso de endividamento, por exemplo, no cartão de crédito ou no cheque especial, em que a taxa de juros cobrada ultrapassa a taxa cobrada pelos bancos para esta modalidade de empréstimo, que varia para cada instituição financeira. E se tiver um financiamento, vale a pena aproveitar o dinheiro extra para antecipar uma ou mais parcelas.
Também é preciso lembrar que a antecipação é, na verdade, um empréstimo. E o dinheiro do 13º é apenas uma garantia para a quitação. Por isso, esse recurso não deve ser utilizado desnecessariamente.
Para quem não está ‘apertado’, é bom ter os pés no chão e não gastar à toa. O início do ano traz muitas despesas com pagamento de impostos de IPVA, IPTU, além dos custos com a escola e material dos filhos.
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Muitos também utilizam o 13º para as compras de fim de ano ou viagens.Mas é preciso cuidado para não cair em armadilhas. Consumidor consciente deve planejar seus gastos. Pesquise os preços, antecipe as despesas de presentes, de confraternizações e estipule um limite . Não adianta pagar uma dívida e ‘ganhar’ outras.
Roberto Dias do Amaral é coordenador em Ciências Contábeis da Estácio de Sá.