Por adriano.araujo

Rio - Desde o último sábado, dia 17, entraram em greve no Rio técnicos administrativos e professores do Colégio Pedro II. A decisão foi tomada na última assembleia do Sindicato dos Servidores do Colégio Pedro II (SINDSCOPE), realizada no dia 30 de abril.

De acordo com o coordenador do sindicato, Luiz Sérgio Ribeiro, a adesão é de 90% e engloba funcionários das 14 unidades no Estado, inclusive as de Duque de Caxias e Niterói. Segundo Ribeiro, o Pedro II conta com cerca de 12 mil funcionários no Rio. Outras instituições federais de educação básica também estão em greve.

Docentes reivindicam plano de carreira para a categoria, enquanto técnicos-administrativos pedem a regularização das 30 horas semanais. Em comum, eles brigam por melhores condições de trabalho. Segundo Luiz Sérgio, as unidades Tijuca I e Humaitá I funcionam fora de seus locais de origem e com muita precariedade. O prédio da Tijuca chegou a ser interditado esse ano por falta de segurança, mas depois foi liberado. No período, cerca de 500 crianças do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental tiveram aulas em um espaço cedido pelo campus Tijuca 2, o ‘Pedrão’, dos alunos do 6º ao 9° anos dos ensinos Fundamental e Médio.

"O governo prioriza a Copa do Mundo, com milhões gastos com os estádios, e a educação se encontra nessa situação", disse o coordenador da SINDSCOPE.

O sindicato realizará no próximo dia 27 uma nova assembleia que decidirá os rumos da greve. Hoje acontece, em Brasília, uma reunião entre a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, e o secretário de relações de trabalho no Serviço Público, Sérgio Mendonça, para discutir as reivindicações dos grevistas.

Ato público dia 21

A categoria marcou para a próxima quarta-feira, dia 21, uma manifestação no Centro do Rio. A concentração acontecerá na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), onde será realizada uma aula pública. Logo depois, o grupo seguirá em caminhada pela Avenida Rio Branco até a Cinelândia.

Outras instituições federais em greve também participarão do ato, como funcionários da Cultura, técnicos-administrativos e docentes de instituições de ensino superior, além de alunos que apóiam a greve.

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