Por nicolas.satriano
Rio - Após quatro anos, o maior festival estudantil da América Latina está de volta ao Rio de Janeiro. Entre domingo até a próxima sexta-feira o bairro da Lapa, tradicional pelas noites boêmias, passará a ser também a casa dos universitários. Cerca de 10 mil acadêmicos de todo o país irão conciliar as praias cariocas com a nona Bienal da União Nacional dos Estudantes (UNE).

O evento terá shows, atividades culturais, esportivas, mostras científicas, oficinas, debates e vai marcar o início das comemorações pelos 450 anos da Cidade Maravilhosa. A abertura será às 17h, no Circo Voador, com a encenação do espetáculo Macunaíma, em homenagem aos 70 anos da morte de seu autor, o poeta e escritor Mário de Andrade. Em seguida, apresentações de Arlindo Cruz e Ivone Lara. Já nos Arcos da Lapa, os shows começam na segunda com a cantora Pitty, na terça tem Alceu Valença, quarta Cidade Negra, quinta Gotam Cru e Criolo. Os shows terão início às 22h e serão de graça.

Organizadores festejam retorno da Bienal ao Rio com 1.559 produçõesAlexandre Brum / Agência O Dia

As atividades serão concluídas na sexta com a ‘culturata’, uma passeata carnavalesca, que irá levantar bandeiras, como a destinação de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional para a cultura.

Segundo a coordenadora do evento e diretora de cultura da UNE, Patrícia de Matos, a bienal deste ano registrou 1.559 produções universitárias em diversas áreas. Destas, 205 foram selecionadas. Os trabalhos serão expostos de graça na Fundição Progresso até quinta-feira, das 8h às 21h.
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O coordenador de Artes Visuais da Bienal, Bruno Bou, comemorou o retorno do evento ao Rio de Janeiro. A última edição foi em 2013, no Recife. Segundo Bou, a UNE foi fundada em terras cariocas e a sua sede funcionou na Praia do Flamengo, até abril de 1964, data em que foi incendiada por agentes da ditadura militar. “Estamos reconstruindo o prédio no mesmo local, com inauguração ano que vem. É uma forma de festejar essa conquista.”