Rio - Em crise financeira e com funcionários em greve há três meses, a Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói, ficou às escuras. Nesta quarta-feira, a Ampla interrompeu o fornecimento de energia em sete unidades da instituição devido à falta de pagamento. Segundo a concessionária, a universidade não pagou as faturas e, mesmo sendo procurada “em várias ocasiões” para a negociação das dívidas, não as quitou.
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Segundo a Ampla, entre as unidades que tiveram a luz cortada estão o Arquivo Central; o Cinema e o DataUFF. A crise na universidade vem sendo sentida por funcionários e alunos há mais de três meses. Todos os setores da instituição decidiram parar as atividades no fim de maio devido a diversos problemas, como a falta de pagamento de terceirizados e ao corte nacional de R$ 9,4 bilhões na verba da Educação.
Além disso, o corpo docente pede aumento do piso, o que ainda não foi negociado pelo governo federal. Os grevistas também questionam a falta de planejamento no crescimento da universidade. Nos últimos oito anos, o número de alunos aumentou em 100% — de 25 mil para 50 mil — e de 62 cursos passou a ter 125.
Enquanto o número de alunos aumenta, os investimentos continuam parados: faltam laboratórios, bibliotecas e até professores. Hoje, docentes da UFF vão se reunir para decidir os rumos do movimento. A reportagem tentou contato com a UFF, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.