Por paulo.gomes

Rio - Uma prática habitual na compra do imóvel é o cliente dar um sinal à construtora para garantir o negócio. No processo há dois tipos de ‘amarrações’. A mais comum é o confirmatório, aquele que marca a execução do contrato e, no caso de desistência, o valor pago servirá como indenização. E o penitencial, que é um compromisso preliminar em que as partes estipulam multa na hipótese de arrependimento ou descumprimento do contrato. Nessa situação, a pessoa que deu o valor perde a quantia e quem as recebeu terá que devolver o dinheiro em dobro, caso o negócio não se concretize.

Especialistas orientam dar uma entrada menor na compra do imóvel%2C além de verificar a idoneidade tanto do corretor quanto da construtoraDivulgação

Mas, antes de desembolsar a quantia, é importante tomar cuidados. Para a Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências (Amspa), o aconselhável é dar uma entrada no menor valor possível e assim ganhar tempo para verificar as condições do imóvel e se vai conseguir crédito.

“Não é recomendado dar sinal alto, pois o consumidor pode correr o perigo de perder o investimento por ter o financiamento negado, problemas na documentação da propriedade ou até mesmo o vendedor agir de má-fé”, alerta Marco Aurélio Luz, presidente da associação.

Bruno Teodoro, diretor da Estrutura Consultoria, correspondente da Caixa, reforça que quanto menor o sinal, menos arriscada é a negociação. “O cliente precisa ter certeza do que está fazendo. Comprar na razão e não na emoção”, diz.

Para evitar dor de cabeça, a dica é pesquisar a idoneidade do corretor, certificando-se que ele tem registro válido no Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci). É recomendável ainda fazer o cálculo das despesas para saber se as prestações do financiamento não vão comprometer mais do que 30% da renda familiar, além de verificar as condições da moradia.

No caso de imóvel na planta, vale verificar a credibilidade da construtora, se a planta do empreendimento foi aprovada, se há ações cíveis, trabalhistas e criminais, e débitos na prefeitura, entre outros. Já para imóveis usados, conversar com vizinhos e verificar se a casa ou apartamento está penhorado ou com outros empecilhos que impeçam sua regularização são algumas orientações.

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