Por julia.amin
Estados Unidos - Os Estados Unidos advertiram nesta quinta-feira que a atividade terrorista do Irã e da milícia libanesa Hezbollah alcançou um ritmo não visto desde a década de 1990, com ataques no sudeste asiático, na Europa e na África.
Segundo o relatório anual sobre o terrorismo no mundo apresentado nesta quinta-feira pelo Departamento de Estado e relativo a 2012, o Irã apresentou um "notável" ressurgimento em seu patrocínio ao terrorismo ao longo do ano passado. O relatório detalha que este aumento na atividade terrorista por parte do Irã aconteceu por meio da Guarda Revolucionária, seu Ministério de Inteligência e Segurança (MOIS) e seu aliado Hezbollah.
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Os EUA conservam o Irã como país patrocinador do terrorismo desde 1984 e destacam que aumentou sua atividade em 2012, com ataques e tentativas de atentado em Índia, Tailândia, Geórgia e Quênia; além de proporcionar "apoio financeiro, material e logístico" a grupos do Oriente Médio e da Ásia Central.
O relatório acusa o Irã de facilitar "extenso treinamento, fundos e armas para ajudar o governo de Bashar al Assad" na Síria e de proporcionar os mesmos recursos ao Hamas e outros grupos palestinos, além de grupos militantes xiitas no Iraque. Além disso, "proporcionou centenas de milhões de dólares em apoio" ao grupo xiita Hezbollah no Líbano e treinou "milhares" de combatentes dessa organização em campos no Irã.
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Os EUA também advertiram que o Irã continuou tentando expandir sua presença e suas relações bilaterais na América Latina, e ressaltou as visitas de seu presidente, Mahmoud Ahmadinejad, a Cuba, Equador, Nicarágua e Venezuela durante 2012. Em relação à Síria, o relatório indica que "continua seu apoio político a uma variedade de grupos terroristas que afetam a estabilidade da região e além", e que "sua relação com o Hezbollah e o Irã parece ter se fortalecido ao longo do conflito no país".
De acordo com o relatório, o presidente sírio "seguiu expressando apoio público a grupos terroristas palestinos como elementos da resistência contra Israel", e proporcionou "refúgio" a exilados palestinos, enquanto o regime "apresentava a própria Síria como vítima do terrorismo".
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Sobre o Sudão, incluído na lista desde 1993, os EUA reconhecem que cooperou no ano passado na luta antiterrorista, mas continua sendo "base logística" e "ponto de passagem" de extremistas violentos que se dirigem a Mali e Afeganistão. "Também há evidências que extremistas sudaneses participaram de atividades terroristas na Somália e no Mali" e o governo apoia a presença do Hamas, segundo o documento.