Por julia.amin

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, comemorou nesta quarta-feira a decisão da Suprema Corte de declarar inconstitucional e discriminatória a Lei de Defesa do Casamento (Doma), que o define como "a união entre um homem e uma mulher".

"A decisão de hoje sobre a Doma é passo histórico", disse o líder em sua conta oficial do Twitter. Por meio de um comunicado distribuído pouco depois pela Casa Branca, Obama assegurou que a lei sobre o casamento de 1996 "era discriminação transformada em legislação". "Essa lei tratava os casais gays e lésbicas que se amam e se comprometem como uma classe diferente e inferior de gente. A Suprema Corte corrigiu esse erro e nosso país é melhor por isso", declarou Obama.

"Esta decisão é uma vitória para os casais que lutaram durante tanto tempo por um tratamento equitativo sob a lei, para as crianças que verão o casamento de seus pais ser reconhecido como legítimo, para as famílias que, finalmente, alcançarão o respeito e a proteção que merecem, e para os amigos e simpatizantes que não desejavam nada mais do que ver como se trata de forma justa seus entes queridos e como seu país muda para melhor", acrescentou.

Obama assegurou que já encarregou o Departamento de Justiça a liderar o processo para "revisar todos os estatutos federais relevantes" a fim de assegurar que a decisão sobre a Doma "se implemente rápida e adequadamente". O presidente destacou além disso que, em um assunto "tão delicado" como este, "manter o compromisso de nosso país com a liberdade religiosa também é vital".

"A forma como as instituições religiosas definem e consagram o casamento sempre correspondeu a essas instituições, e não há nada nesta decisão, que se aplica só aos casamentos civis, que vai mudar isso", explicou o líder. "As leis de nosso país estão se ajustando à verdade fundamental que milhões de americanos temos em nosso coração: que quando todos os americanos são tratados como iguais, sem importar quem sejam ou a quem amam, todos somos mais livres", disse Obama.

O caso contra a Doma foi apresentado originalmente por Edith Windsor, uma mulher de 84 anos que foi obrigada a pagar mais de US$ 350.000 dólares em impostos federais pelo patrimônio herdado de sua esposa, Thea Spyer, morta em 2009, pois seu casamento não era reconhecido em nível federal.

Obama ordenou no início de 2011 que seu que governo não defendesse nos tribunais federais a Doma, promulgada em 1996. Em maio de 2012, Obama se tornou o primeiro presidente americano a expressar em público seu apoio ao casamento entre pessoas do mesmo sexo.

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