Por julia.amin

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, conversou na segunda-feira com o presidente egípcio, Mohammed Mursi, para transmitir sua preocupação com os protestos e a violência no Egito e pediu uma solução política para a crise, informou hoje a Casa Branca. O presidente americano, que encerrou hoje uma viagem pelo continente africano de quase uma semana, "transmitiu sua preocupação pelos recentes eventos no Egito", disse a Casa Branca.

Obama retornou hoje da Tanzânia, última etapa de sua visita. A presidência informou ainda que Obama disse a Mursi que "a democracia é mais do que eleições, é também assegurar que as vozes de todos os egípcios sejam escutadas e representadas por seu governo, incluídas as dos muitos egípcios que protestam em todo o país".

Egípcios protestam no Cairo contra o presidente Mohammed MursiReuters


O presidente americano incentivou Mursi a atender as preocupações dos egípcios e lembrou que "a crise atual só pode ser resolvida através de um processo político", já que "só os egípcios podem determinar seu futuro". Na segunda-feira, as Forças Armadas egípcias deram a Mursi e às forças políticas um ultimato de 48 horas para que "atendam as reivindicações do povo", em aparente referência às manifestações que pedem desde domingo eleições presidenciais antecipadas.

Ao todo, 16 pessoas já morreram na onda de protestos. Obama mostrou sua preocupação pela violência durante as manifestações, "especialmente os ataques sexuais contra mulheres", e reiterou seu pedido para que as exigências sejam feitas de maneira pacífica. O presidente americano reafirmou a Mursi seu compromisso com o processo democrático no Egito e lembrou que "não apoia nenhum partido ou grupo em particular".

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