Por juliana.stefanelli

Roma (Itália) - Penas de prisão de 18 a 24 meses foram aplicadas neste sábado aos cinco empregados da empresa Costa Cruzeiros, proprietária do navio Costa Concordia, que naufragou em janeiro de 2012, causando a morte de 32 pessoas. O juiz Pietro Molino aceitou um acordo negociado entre o Ministério Público italiano e cinco dos seis empregados, acusados de homicídio involuntário múltiplo, danos agravados e naufrágio.

Os cinco acusados são os oficiais Ciro Ambrosio e Silvia Coronica, o timoneiro Jacob Rusli, o chefe de bordo Manrico Giampedroni e o chefe da unidade de crise em terra da empresa Costa Cruzeiros, Roberto Ferrarini.

O principal acusado do naufrágio, o comandante Francesco Schettino, começou a ser julgado na semana passada, depois de uma audiência preliminar em que não foi aceita a sua proposta de fazer um acordo em relação à pena. Francesco Schettino é acusado de múltiplos homicídios por negligência, de abandono do navio e de causar danos ambientais, o que pode levar a uma pena de prisão de até 20 anos.

A condenação mais alta determinada pelo juiz Molino foi a do representante da Costa Cruzeiros, Roberto Ferrarini, que terá de cumprir 34 meses de prisão. O chefe de bordo Giampedroni chegou a um acordo para 30 meses; Ambrosio, 23 meses; Rusli, 20 meses; e Coronica, 18 meses.

O Costa Concordia se chocou com as rochas em frente à Ilha de Giglio, na noite de 13 de janeiro de 2012, com 4.229 passageiros de 70 nacionalidades a bordo. O navio tombou, gerando pânico entre os passageiros, cuja retirada foi complicada por falhas registradas em alguns botes salva-vidas.

Centenas de pessoas foram forçadas a saltar para o mar. Durante a evacuação do barco, o comandante Francesco Schettino teria abandonado o navio com passageiros ainda a bordo. Schettino alega que caiu acidentalmente num bote salva-vidas e garante que estava coordenando a operação em terra.

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