Por juliana.stefanelli

Damasco (Síria) - Chegaram nesta quarta-feira em Damasco, na Síria, dois funcionários da ONU que irão investigar o suposto uso de armas químicas no país, após conseguirem autorização do regime de Bashar al Assad, disseram fontes oficiais. A Alta Representante das Nações Unidas para o desarmamento, Angela Kane, e o professor sueco Ake Sellstrom, chefe da missão da ONU para investigar o possível uso de armas químicas no país árabe, devem se reunir nesta quarta-feira com o ministro sírio das Relações Exteriores, Walid Muallem.

Os funcionários tentarão assegurar o acesso às áreas do território sírio onde teriam sido utilizados gás sarin e substâncias químicas proibidas. Em 8 de julho, o governo de Damasco convidou formalmente Sellstrom e Kane a visitar a capital síria para negociar os termos da missão e seu calendário.

Até agora, a equipe de investigadores não recebeu permissão das autoridades sírias para se deslocar pelo país em função de divergências sobre o alcance da missão. A chegada dos funcionários da ONU ocorre depois que os rebeldes tomaram o controle da cidade de Khan al Asal, na província de Aleppo, após choques com as forças de Assad.

O regime acusa os insurgentes de terem lançado em 19 de março projéteis com substâncias químicas neste local, onde, segundo as autoridades, 26 pessoas morreram (16 delas soldados). As autoridades sírias até agora rejeitaram o envio da equipe de inspetores da ONU caso a missão não se limite a trabalhar apenas em Khan al Asal.

Reino Unido, França e EUA apresentaram provas de outros supostos ataques químicos em território sírio, que teriam sido perpetrados por forças leais a Assad. Ontem, a ONU confirmou que até o momento tinha recebido um total de 13 denúncias de supostos ataques químicos na Síria e disse que "todos" estão sendo investigados pelo organismo internacional.

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