Por nara.boechat

Cairo (Egito) - Trinta e seis membros da Irmandade Muçulmana foram mortos ontem no Egito com gás lançado por soldados contra um comboio que levava para a prisão 600 pessoas. O exército alegou, para justificar as mortes, que reagiu a um motim e para libertar um militar que fora feito refém.

Após três dias de massacres, com aproximadamente 800 mortes, ontem foi um dia mais tranquilo no Egito. O medo tirou das ruas os membros da Irmandade Muçulmana que pedem a volta ao poder do presidente Mohammed Mursi.

Soldados egípcios usam arame para fazer uma cerca de proteção e evitar o acesso à Suprema Corte do paísEfe

Mesmo assim, houve manifestação na capital, Cairo, e em outras cidades. Também houve atos em várias cidades do mundo. Uma das maiores foi em Karachi, no Paquistão, onde milhares de muçulmanos saíram às ruas.

À tarde, o chefe militar do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, voltou a fazer ameaças aos partidários de Mursi. Ele disse que não admitirá violência da Irmandade Muçulmana.

Também ontem, o governo da Arábia Saudita advertiu o Ocidente para não intervir no Egito. “Não conquistaremos nada com ameaças”, disse o ministro das Relações Exteriores do país, Saud al-Faisal, após se encontrar em Paris com o presidente da França, Françoise Hollande.

Na quinta-feira, o chefe de Estado francês pedira o fim do estado de emergência no Egito. E ontem o chanceler da França, Laurent Fabius, admitiu tomar medidas, “se a violência continuar”.

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