Por julia.amin

Estados Unidos - A ONU pediu autorização nesta quarta-feira ao regime sírio para investigar as denúncias de um ataque com armas químicas nos arredores de Damasco, mas alertou que por enquanto o acesso a região não é possível pela situação de insegurança.

"É uma situação dramática e neste momento não é possível chegar à área por causa da situação de insegurança", disse o subsecretário-geral da ONU, Jan Eliasson, após informar ao Conselho de Segurança sobre os últimos eventos na Síria.

Vítimas do suporto ataque são reunidas em DamascoReuters


Depois de confirmar que a missão da ONU pode investigar o ataque, Eliasson lembrou que a equipe liderada pelo professor sueco Ake Sellström "está na região" e espera receber autorização das autoridades sírias para chegar à área. O Conselho de Segurança da ONU realizou nesta quarta uma reunião urgente a portas fechadas a pedido de França, Reino Unido, Luxemburgo, Coreia do Sul e EUA para abordar os últimos eventos na Síria.

A rebelde Coalizão Nacional Síria (CNFROS) denunciou que pelo menos 1.300 pessoas morreram nesta quarta-feira em um suposto ataque com armas químicas do exército nos arredores de Damasco, acusações negadas pelas autoridades sírias de forma imediata. Eliasson lembrou que o secretário-geral, Ban Ki-moon, está "comovido" pelas notícias que chegam da Síria e pediu para que este ataque seja averiguado "o mais rápido possível", para o que a missão em Damasco está negociando com o regime de Bashar al Assad.

Ativistas sírios inspecionam os corpos das vítimasReuters


"Estamos em contato com o governo sírio e esperamos que as partes cooperem para que possamos dar andamento à investigação ", acrescentou o subsecretário-geral, que cobrou de todas as partes que "contenham" o conflito. Tanto o regime de Damasco como os insurgentes se acusam reciprocamente de empregar este tipo de armas na Síria, um dos sete países que não assinou a Convenção sobre Armas Químicas de 1997.

Desde que começou a guerra civil na Síria, em março de 2011, morreram mais de 100 mil pessoas e quase sete milhões precisam de ajuda humanitária de emergência, segundo os números mais recentes das Nações Unidas.

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