Por julia.amin

Nova York (EUA) - O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse nesta sexta-feira que o regime do presidente sírio, Bashar al Assad, cometeu "muitos" crimes contra a humanidade e que espera que o relatório dos inspetores confirme o ataque químico realizado nas redondezas de Damasco em 21 de agosto.

Ban afirmou que os resultados da investigação da equipe liderada pelo professor sueco Ake Sellstrom estarão prontos nos próximos dias. "Acho que o informe será um relatório categórico de que foram usadas armas químicas, embora não possa confirmar isso publicamente neste momento até receber o relatório", disse Ban após participar de um ato público na sede das Nações Unidas.

Ban Ki-moon é o secretário-geral da ONUReprodução Internet


O secretário-geral, que não acusou as autoridades sírias nem a oposição pelo ataque, disse, no entanto, que o regime de Assad cometeu "muitos" crimes contra a humanidade. O principal responsável das Nações Unidas acrescentou também que estima que no ataque de Guta Oriental, na periferia da capital síria, morreram cerca de 1.400 pessoas. Ban afirmou que acredita que os responsáveis serão levados perante a justiça.

As declarações de Ban ocorreram enquanto o secretário de Estado americano, John Kerry, e o ministro das Relações Exteriores russo, Serguei Lavrov, analisam pelo segundo dia consecutivo em Genebra a proposta de Moscou para que a Síria ponha seu arsenal sob controle internacional. O regime sírio enviou ontem para as Nações Unidas um documento de adesão para se unir à Convenção Internacional para a Proibição das Armas Químicas, um dos passos incluídos na proposta russa.

O secretário-geral demonstrou satisfação pelo passo dado por Damasco e se mostrou confiante de que as conversas de Genebra conduzirão a "um rápido acordo sobre uma forma de proceder que seja apoiada pela comunidade internacional".

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