Ataque na República Democrática do Congo deixa 21 mortos, diz ONU
Uma nota da missão se refere, sem mencionar os supostos autores do ataque, que três meninas foram violentadas por assaltantes, antes de serem decapitadas
Por bianca.lobianco
República do Congo -Pelo menos 21 pessoas, incluindo crianças, foram mortas e alguns corpos foram mutilados em um ataque de "extrema brutalidade" no Leste da República Democrática do Congo, informou nesta terça-feira a missão da ONU no país.
A maioria das vítimas foi assassinada, com armas brancas, na sexta-feira e no sábado, nas aldeias Musuku e Mwenda, na província de Kivu do Norte.
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Uma nota da missão se refere, sem mencionar os supostos autores do ataque, que três meninas foram violentadas por assaltantes, antes de serem decapitadas. O corpo mutilado de uma criança foi encontrado em uma árvore, na aldeia de Musuku.
O movimento mais representativo da província, a Sociedade Civil de Kivu do Norte, disse que "a carnificina foi perpetrada por rebeldes ugandeses da ADF-Nalu".
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A organização, que integra associações, organizações não-governamentais e sindicatos, apelou ao Exército congolês e à missão das Nações Unidas para que lancem "operações de perseguição contra ADF-Nalu, com vista a libertar a zona".
A missão da ONU, que já exigiu a abertura de um inquérito, indicou que reforçou o patrulhamento na zona e que usará "todos os meios necessários para assegurar a proteção da população".
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O comunicado da ONU é divulgado no dia em que cerca de 2 mil refugiados centro-africanos chegaram à cidade de Zongo, no Norte da República Democrática do Congo, apesar do fechamento da fronteira centro-africana, para fugir da violência que atinge a República Centro-Africana desde 5 de dezembro, adiantou a porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados em Kinshasa, Céline Schmitt.
Segundo a porta-voz, o campo de Mole, em Zongo, tem quase 6 mil refugiados centro-africanos.