Por julia.sorella
Grenoble - Após a análise de uma rocha derretida dentro do supervulcão do Parque Nacional de Yellowstone, ficou provado que sua erupção é mais provável do que se pensava, e representa uma das maiores ameaças para a humanidade.
Cientistas acreditavam que o supervulcão de Yellowstone só poderia entrar em erupção caso um terremoto quebrasse a crosta da Terra deixando o magma escapar. Entretanto, um estudo publicado na revista "Nature Geoscience" revelou que a erupção pode acontecer devido ao acúmulo de pressão dentro do vulcão.
Supervulcão do Parque Nacional de YellowstoneDivulgação / Yann Arthus-Bertrand

Segundo pesquisas, as variações de densidade entre o magma e a rocha podem fazer com que a lava dentro do supervulcão ganhe força e consiga romper a crostra terrestre, fazendo com que a rocha derretida e as cinzas sejam lançadas para a superfície. "A diferença de densidade entre o magma derretido na caldeira e a rocha circundante é suficiente para conduzir o magma da câmara à superfície" disse Jean-Philippe Perrillat, do Centro Nacional de Pesquisa Científica, em Grenoble, França, ao jornal “The Independet".

Cientistas estão tentando inventar um método de controle da pressão do magma subterrâneo, para verificar se ela é iminente, já que prevenir uma erupção supervulcânica não é possível. 

O supervulção de Yellowstone entrou em erupção pela última vez há cerca de 600 mil anos atrás, causando grandes estragos na atmosfera, com mais de mil quilômetros de cinzas e lava, aproximadamente 100 vezes mais do que a erupção do Monte Pinatubo, nas Filipinas, em 1991, que causou um resfriamento global de 0,4º C por vários meses.

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A erupção de um supervulcão pode provocar um “inverno vulcânico”, evento que resfria a Terra devido ao bloqueio da luz solar pelas cinzas. De acordo com a previsão dos cientistas, uma erupção supervulcânica baixaria as temperaturas médias globais em cerca de 10º C por uma década, mudando completamente o modo de vida na Terra.