Por clarissa.sardenberg
Estados Unidos - Os Estados Unidos vão fornecer suporte ao governo do Iraque e às tribos que lutam contra militantes ligados à Al Qaeda na província de Anbar, mas não enviarão tropas ao Iraque, disse o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, neste domingo.
Militantes islâmicos ligados à Al Qaeda e guerrilheiros tribais assumiram o controle de Ramadi e Falluja, as principais cidades da província de Anbar, dominada por muçulmanos sunitas e que faz fronteira com a Síria, o que representa um desafio às autoridades do governo, liderado por xiitas.

Tropas iraquianas e líderes tribais aliados tentam retomar a província.

'Esse é um conflito deles', disse John Kerry sobre guerra no Iraque contra Al QaedaReuters

Ao falar com repórteres em Jerusalém, Kerry disse que os EUA estão preocupados com os acontecimentos em Anbar, que foi o principal centro de resistência contra os norte-americanos após a invasão do Iraque pelo país em 2003.

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Enquanto alegou que irá ajudar o governo do primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, Kerry deixou claro não haver hipótese sobre o retorno de tropas dos EUA ao Iraque. Os EUA se retiraram do território iraquiano em 2011 após não conseguir chegar a um acordo com o governo de Maliki.
"Esta é uma luta que pertence aos iraquianos", disse ele. "Nós não contemplamos colocar soldados em solo. Esse é um conflito deles, mas vamos ajudá-los em sua luta."
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Kerry negou fornecer detalhes sobre que tipo de assistência será prestada pelos EUA a Maliki, a quem Washington pediu repetidas vezes para compartilhar o poder com a minoria sunita - em parte com o intuito de prevenir uma nova insurgência sunita contra o governo central