Por julia.sorella

Londres - O Rio Tâmisa superou suas margens depois de atingir seu nível mais alto em anos, inundando cidades ribeirinhas em sua trajetória acima de Londres.

Residentes e soldados britânicos empilharam sacos de areia para proteger as propriedades da última rodada da enchente, mas o rio engoliu suas defesas nesta segunda-feira, deixando áreas, incluindo o centro da vida de Datchet, abaixo d'água.

A Agência Ambiental emitiu 14 alertas de enchente severa - significando que há o risco à vida - ao longo do Tâmisa a leste de Windsor, cerca de 32 km de Londres. Seu chefe-executivo, Paul Leinster, disse que o "clima severo continuará a ameaçar comunidades nesta semana" com mais inundações do rio esperadas para a terça-feira.

Não houve alertas de enchentes para a parte do rio que flui através de Londres. Esse trecho da maré é protegido pela Barreira do Tâmisa, uma série de portões de metal gigantes que podem ser fechados para proteger a cidade das cheias.

A Inglaterra vive seu janeiro mais úmido desde 1766. Sua costa sudoeste tem sido atingida repetidamente por tempestades e uma grande área de baixa altitude dos Somerset Levels, no sudoeste, está abaixo d'água há mais de um mês.

O desastre desatou uma tempestade política, com o governo de liderança conservadora do primeiro-ministro David Cameron enfrentando críticas de muitos residentes por alegadamente fracassar em dragar os rios e adotar outras medidas para evitar enchentes.

Cameron e o vice-premiê Nick Clegg visitaram as áreas afetadas pelas enchentes na segunda-feira enquanto o governo enfrentava dificuldades para assumir o controle da crise. Cameron negou que o governo tenha sido lento em responder.

"Temos lidado com isso desde o início", afirmou. "Onde o dinheiro foi necessário, oferecemos mais dinheiro. Onde o Exército foi necessário, me assegurei de que ele fosse posicionado", disse.

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