Por julia.sorella

Washington - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, reiterou que seu país "não precisa de mediação" para sair da crise na qual está imerso e pediu para pôr fim às "conspirações" do governo americano para "reconquistar" a América Latina, durante uma entrevista a "CNN" exibida nesta sexta-feira.

"Tenho uma responsabilidade com tudo o que está acontecendo em meu país, por isso sou o presidente. Assumo a responsabilidade", disse também na entrevista concedida à jornalista Christiane Amanpour, quem perguntou se o presidente aceitaria a mediação do papa Francisco.

O que a Venezuela precisa é de "cooperação", acrescentou Maduro, segundo a transcrição em inglês da entrevista à "CNN" divulgada pela presidência venezuelana. O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, disse na semana passada que Washington "trabalha de perto com a Colômbia e outros países" para promover algum tipo de "mediação" na crise vivida na Venezuela.

O presidente venezuelano Nicolás MaduroEfe

Enquanto isso, o Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) retomou hoje seu debate a portas fechadas sobre a situação na Venezuela, após quase três horas de conversas informais em diferentes grupos de países para tentar avançar rumo a um consenso.

Maduro disse à "CNN" que os que impulsionaram "um plano violento" contra seu governo nas últimas semanas "são uma minoria". Ao ser perguntado por Amanpour se acredita realmente que os Estados Unidos querem "reconquistar" América Latina, o líder respondeu: "absolutamente".

Além disso, Maduro disse haver evidências, conhecidas através dos documentos vazados pela Wikileaks e Edward Snowden, que Washington procura há muito tempo "acabar com a revolução" na Venezuela, assim como que quis "destruir" o presidente Hugo Chávez.

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