Por clarissa.sardenberg

Estados Unidos - A Suprema Corte dos Estados Unidos rejeitou nesta segunda-feira considerar o caso de uma fotógrafa que se negou a fotografar um casamento entre duas mulheres em Albuquerque, no Novo México, com base em suas crenças religiosas. A decisão da Corte apoia a sentença do Tribunal Supremo do estado do Novo México que estabeleceu que a fotógrafa violou uma lei estatal contra a discriminação.

Fotógrafa Elane Huguenin ao lado do maridoReprodução Internet

Em setembro de 2006, Vanessa Willock tentou contratar a empresa Elane Photography para que fotografar seu casamento, mas a proprietária da firma, Elane Huguenin, e seu marido recusaram a proposta alegando que não queriam fazer imagens de uma cerimônia que contradizia sua ideia de casamento.

Vanessa Willock denunciou a empresa e a Corte Suprema do Novo México resolveu que a fotógrafa tinha descumprido uma lei estatal que proíbe a discriminação, entre outros motivos, pela orientação sexual. Embora a fotógrafa tenha alegado que o direito à liberdade de expressão como artista lhe permitia rejeitar um cliente se seu pedido envolvesse expressar uma ideia à qual se opunha, a corte sentenciou que era livre para retratar o que quisesse, mas que não podia discriminar durante sua atividade empresarial.

Com a recusa do Supremo em revisar o caso, a resolução do tribunal estatal continua em vigor. Casos como o dessa fotógrafa inspiraram vários congressos estatais a debater propostas de leis que permitem aos negócios deixar de proporcionar seus serviços, especialmente a homossexuais, sob argumentos de crenças religiosas. As duas câmaras do estado do Arizona aprovaram no final de fevereiro uma polêmica lei que permitia aos empresários recorrerem a suas crenças religiosas para negar serviços a homossexuais, que foi vetada dias depois pela governadora do estado, Jan Brewer.

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