Abuja, Nigéria - Moradores de aldeia da Nigéria mataram entre 100 e 200 membros da seita radical islâmica Boko Haram, que fariam um novo ataque à região, em uma emboscada no norte da Nigéria, informaram fontes políticas e moradores do Estado de Borno. Grupos de moradores ‘vigilantes’ foram formados para resistir à violência do Boko Haram, que vem mantendo 276 meninas reféns há mais de um mês. Os ‘vigilantes’ teriam emboscado dois caminhões com vários homens armados.
Um deputado de Borno confirmou o ataque ao jornal nigeriano Daily Trust, sem revelar sua identidade.
Os moradores disseram que decidiram se defender com as próprias mãos porque militares nigerianos não estavam fazendo o suficiente para conter os ataques constantes dos terroristas.
Ontem, o presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, rejeitou a ideia de libertar prisioneiros muçulmanos das cadeias do país em troca da liberdade das meninas. A proposta fora feita segunda-feira pelo Boko Haram.
“Ele (o presidente) deixou bem claro que não haverá negociações com o Boko Haram que envolva uma troca de alunas sequestradas por presos”, afirmou o ministro da Grã-Bretanha para a África, Mark Simmonds, em entrevista coletiva após uma reunião em Abuja, capital da Nigéria, ontem.
As garotas, adolescentes, foram retiradas de uma escola dia 14 de abril, sob a mira de armas. O grupo islâmico é contra a presença feminina em salas de aulas. Extremamente armados, eles lutam pela formação de um estado islâmico na região. Além dos raptos de meninas, costumam promover chacinas em aldeias.