Por tamara.coimbra

Israel - Israel aceitou a proposta do Egito para um cessar-fogo na Faixa de Gaza após uma semana de ofensiva aérea que já deixou ao menos 192 palestinos mortos. O Hamas, grupo que controla Gaza, não respondeu formalmente. Mas o braço armado do Hamas rejeitou o acordo classificando a iniciativa como uma "rendição".

Tanques de guerra do exército de IsraelEFE

A proposta pede por um cessar-fogo imediato e uma série de reuniões no Cairo com a participação de delegações de alto nível de ambos os lados. Israel lançou uma ofensiva aérea contra o território palestino há oito dias como tentativa de interromper o disparo de foguetes por militantes de Gaza contra o seu território.

Segundo autoridades palestinas, os ataques israelenses deixaram ao menos 192 mortos. A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que mais de três quartos das vítimas sejam civis. Cerca de 1.400 palestinos ficaram feridos. Segundo Israel, ao menos quatro israelenses ficaram feridos gravemente desde o início da ofensiva, mas não houve registro de mortes.

Sem garantia

O gabinete de segurança de Israel, convocado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, aprovou a proposta na manhã desta terça-feira, minutos antes da hora estabelecida para que o cessar-fogo entre em vigor segundo o plano. O correspondente da BBC Kevin Connolly disse que não há surpresas na fórmula proposta. "Algo nesta linha é sempre a maneira mais plausível como saída da crise. Mas não há garantia de que vá funcionar", disse.

Por enquanto, fontes do Hamas dizem que seus ataques irão "aumentar em força e intensidade" ao menos que Israel liberte prisioneiros e colabore com o Egito para aliviar as restrições econômicas impostas à Gaza. "Isto não ajuda mas não significa que um acordo não será feito. Mas não será fácil", disse Connolly.

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