Por guilherme.souza
Alexander Khodakovsky reconheceu%2C pela primeira vez%2C que os rebeldes possuem o sistema de mísseis BUKReuters

Ucrânia - Um poderoso líder rebelde ucraniano confirmou que os separatistas pró-Rússia têm mísseis antiaéreos do tipo que os Estados Unidos dizem terem sido usados para derrubar o avião da Malaysia Airlines na semana passada. O comandante do Batalhão Vostok, Alexander Khodakovsky reconheceu, pela primeira vez desde que o avião foi derrubado no leste da Ucrânia na quinta-feira, que os rebeldes possuem o sistema de mísseis BUK.

Ele ainda insinuou que o BUK pode ser originário da Rússia e que pode ter sido enviado de volta para eliminar provas da sua presença na região. Antes da derrubada do avião da Malásia, os rebeldes haviam se vangloriado de obter os mísseis BUK, que podem abater aviões de passageiros em altitude de cruzeiro. Mas desde o desastre, o principal grupo de separatistas, a autoproclamada República Popular de Donetsk, tem negado reiteradamente já ter tido tais armas. Desde a queda da aeronave, que matou todas as 298 pessoas a bordo, a grande polêmica é quem disparou o míssil que abateu o avião em uma área onde as forças do governo combatem os rebeldes pró-Moscou.

Khodakovsky culpou as autoridades de Kiev por provocarem o que pode ter sido o ataque de míssil que derrubou o avião, dizendo que Kiev lançou ataques aéreos deliberados na área sabendo da presença dos mísseis no local. "Na ocasião me disseram que um BUK vindo de Luhansk estava chegando sob a bandeira da LNR”, disse, referindo-se à República Popular de Luhansk (LNR, na sigla em inglês), principal grupo rebelde naquela cidade. “Daquele BUK eu soube. Ouvi falar dele. Acho que o mandaram de volta, porque soube dele no exato momento em que soube da tragédia. Eles provavelmente o enviaram de volta para eliminar provas de sua presença”, declarou Khodakovsky.

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