Por guilherme.souza

Washington, Estados Unidos - Os líderes do G7 condenaram novamente as ações da Rússia no leste da Ucrânia e advertiram Moscou sobre possíveis novas sanções se o Kremlin não deixar de se empenhar em "desestabilizar" seu vizinho. "A Rússia ainda tem a oportunidade de escolher o caminho de diminuir a tensão, o que levaria à eliminação destas sanções. Se não fizer isso, no entanto, seguimos dispostos a intensificar ainda mais os custos de suas ações", afirmaram as grandes potências em um comunicado conjunto.

Os líderes do Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos e a presidência da União Europeia (UE) condenaram mais uma vez a anexação ilegal da Península da Crimeia pela Rússia "e as ações para desestabilizar o leste da Ucrânia" tomadas por Moscou. "Essas ações são inaceitáveis e violam o direito internacional", reiteraram os líderes, um dia depois da UE e Estados Unidos aumentarem a pressão sobre a Rússia impondo novas sanções contra os setores financeiro, energético e de defesa.

Além disso, o G7 ressaltou sua condenação à derrubada do avião da Malaysia Airlines no leste da Ucrânia e exigiu "uma investigação internacional imediata, exaustiva, sem impedimentos e transparente" sobre a tragéfia, que deixou 298 pessoas mortas. "Fazemos uma chamada a todas as partes para estabelecer, manter e respeitar plenamente o cessar-fogo ao redor do lugar do acidente", segundo o exigido pelo Conselho de Segurança da ONU, "para que os investigadores possam assumir seu trabalho e recuperar os corpos de todas as vítimas e seus pertences pessoais", acrescentou o G7.

O grupo frisou que "este terrível fato deveria ter marcado um ponto de mudança neste conflito" e feito com que a Rússia suspendesse seu apoio aos grupos separatistas e detivesse o crescente fluxo de armas, para desta maneira se conseguir uma diminuição das tensões de maneira "rápida e tangível". No entanto, a "Rússia não mudou de rumo", por isso nesta semana se decidiu aumentar as sanções contra o país como medida "essencial" para demonstrar as autoridades locais que devem "criar as condições necessárias" para se encontrar uma solução política.

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