Por clarissa.sardenberg

Gaza/Jerusalém - Os combates entre as milícias palestinas e o exército de Israel permanecem suspensos nesta quarta-feira, terceira jornada consecutiva de um cessar-fogo de 72 horas estipulado por ambos os lados com a mediação do Egito. Oficiais de segurança de Gaza afirmaram nesta quarta-feira que a calma foi rompida em duas ocasiões por disparos de embarcações de guerra israelenses contra pescadores, mas não houve registros de vítimas. Segundo a rádio israelense, que cita membros das Forças Armadas, os ataques ocorreram quando os pescadores tentaram violar a área de pesca permitida por Israel.

O presidente da Associação de Pescadores de Gaza, Nizar Aayesh, afirmou por meio de um comunicado que os pescadores estão há mais de um mês sem poder trabalhar e saíram pela primeira vez ao mar nesta terça-feira, quando os soldados abriram fogo sobre eles.

Nesta segunda-feira, uma delegação com representantes das facções palestinas (incluído o Hamas) e Israel responderam positivamente à proposta egípcia de um cessar-fogo de 72 horas para retomar as negociações sobre uma trégua permanente entre as partes. Com a paralisação das hostilidades, os palestinos continuaram seu trabalho de buscas entre os destroços de casas para recuperar algo que tenha sobrado. Já aqueles que tiveram seus lares parcialmente destruídos durante a ofensiva procuraram limpar e organizar os imóveis.

Este segundo cessar-fogo de 72 horas deve finalizar na meia-noite desta terça, embora o chefe da delegação palestina, Azzam el Ahmed, tenha dito em comunicado que estão ocorrendo progressos nas atuais conversas no Cairo.

Israel lançou uma operação militar contra o Hamas em Gaza em 8 de julho, ampliando a ofensiva com uma invasão terrestre em 17 do mesmo mês, com o objetivo de deter o lançamento de foguetes e destruir os túneis construídos por milícias palestinas no território. O Ministério da Saúde palestino diz que desde o começo da operação israelense, denominada Limite Protetor, o número de mortos em Gaza já chegou a 1.951 e o de feridos a cerca de 10 mil.

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