Por clarissa.sardenberg

Etiópia - A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta quarta-feira que é necessário destinar US$ 100 milhões para combater a epidemia de ebola, que já matou mais de mil de pessoas na África Ocidental. "É necessário uma quantia extra de US$ 100 milhões para combater o pior surto do vírus de ebola, que afeta quatro países de África Ocidental", disse o representante da OMS, Pierre M'Pelé Kilebou, em entrevista coletiva promovida pela União Africana (UA) em Adis-Abeba, capital da Etiópia.

Diante do aumento de casos de contágio, na sexta-feira passada a OMS declarou o surto de ebola na África Ocidental uma "emergência pública sanitária internacional". "Atualmente já foram registrados mais de 1.800 casos, com uma taxa de mortalidade que oscila entre 45% e 75% em cinco meses", afirmou Kilebou. Desde que o surto surgiu em março, em Guiné, a OMS enviou cerca de 200 pessoas para os quatro países afetados, Guiné, Libéria, Serra Leoa e Nigéria.

Nesta terça-feira foi anunciado que a Libéria tratará dois médicos infectados com ZMapp, o remédio experimental usado em três pacientes contagiados pelo vírus e que melhorou o estado de saúde de dois deles, dois americanos, enquanto o terceiro, um espanhol, morreu em Madri.

A União Africana afirmou que é "urgente" o uso de remédios experimentais para tratar os pacientes contagiados pelo vírus. "Com a natureza fatal da doença, qualquer ajuda é bem-vinda, incluindo o compromisso do governo canadense de fornecer o remédio para mil pacientes de ebola", disse o comissário de Assuntos Sociais da UA, Mustapha Sidki.

A OMS aprovou nesta terça, do ponto de vista ético, o uso de tratamentos experimentais contra o ebola, embora não tenha especificado quem terá prioridade para receber os medicamentos.

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