Iraque - Um homem-bomba atingiu um prédio do Ministério do Interior no centro de Bagdá, deixando ao menos 11 mortos neste sábado, disseram autoridades, enquanto está em andamento uma investigação sobre um grande atentado contra uma mesquita sunita que aumentou as tensões sectárias em meio a uma frágil transição política do Iraque.
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O suicida colidiu um carro cheio de explosivos contra um portão do quartel-general de inteligência no distrito de Karrada, matando seis civis e cinco seguranças, disse um policial. Segundo ele, o ataque deixou 24 feridos.
A ação aconteceu horas depois que o presidente do Parlamento, Salim al-Jabouri, disse que um comitê de funcionários de segurança e de legisladores anunciariam as descobertas de um investigação sobre o atentado de sexta-feira contra uma mesquita de uma vila da Província de Diyala daqui dois dias.
Ainda não está claro se o ataque na vila de Imam Wais foi lançado por milicianos xiitas ou por insurgentes do grupo Estado Islâmico, que têm avançado nas áreas sunitas e xiitas de Diyala e ficaram conhecidos por matar companheiros sunitas que se recusam a se submeter à sua rígida interpretação da lei islâmica.
Desde o início deste ano, o Iraque enfrenta o avanço do extremista Estado Islâmico e de militantes sunitas aliados com tomaram o controle de áreas no norte e oeste do país. A crise piorou em junho, quando o grupo tomou o controle de Mosul, a segunda maior cidade iraquiana, e subsequentemente declarou um Estado Islâmico, ou califado, em território sob seu controle no Iraque e na vizinha Síria.
Funcionários de segurança em Diyala disseram que o ataque começou com uma ação suicida perto da entrada da mesquita, seguida por atiradores que invadiram o prédio e dispararam contra os fiéis. Legisladores sunitas ofereceram um relato diferente, dizendo que milicianos xiitas lançaram um ataque de retaliação contra a mesquita depois que seu comboio foi atacado.
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O atentado levou dois grandes blocos parlamentares sunitas a se retirar de negociações sobre a formação de um grande governo. A medida cria um grande obstáculo ao primeiro-ministro designado Haider al-Abadi, enquanto ele enfrenta dificuldades para se aproximar dos sunitas e formar um governo até 10 de setembro que possa confrontar os extremistas do Estado Islâmico.