Por clarissa.sardenberg

Síria - Imagens perturbadores divulgadas no canal YouTube na última semana chocaram o mundo ao mostar uma criança mascarada, que não parece ter mais de 6 anos, treinando tiros com um rifle AK47 sob as ordens do grupo Estado Islâmico (EL).

Usuário que já divulgou vídeo do Estado Islâmico no Youtube, mostrou imagens de criança atirando Reprodução Internet

Ao que tudo indica, os dois vídeos divulgados foram feitos em Goutha, subúrbio de Damasco, capital da Síria. O upload das imagens foi realizado por um usuário identificado apenas como Abd Sad.

No vídeo, o menino é encorajado pelo "treinador" e depois, juntos, dão vivas ao Islã.

O usuário que postou os vídeos em questão também faz propaganda do Estado Islâmico em seu canal na rede social.

Menino em treinamento aparentemente promovido pelo Estado Islâmico (EL) divulgado no YouTubeReprodução Internet

Entenda o Estado Islâmico

O grupo Estado Islâmico (EL) — originalmente (ISIS Estado Islâmico do Iraque e do Levante) — foi fundado em 2004, remanescente da Al Qaeda e pretende instaurar o califado — uma forma de governo islâmica extinta em 1924. O califado representa a unidade política do mundo muçulmano, sobrepujando qualquer bandeira nacional, sendo assim, este sistema visa jogar abaixo as fronteiras. Ao alcançar este patamar, é possível impor asharia, a lei islâmica.

A mudança no nome do grupo indica o grau de confiança ganho por ele. “O nome inicial era Estado Islâmico do Iraque e do Levante, que é a região da Síria. Eles ganharam tanta confiança que mudaram o nome para Estado Islâmico, tirando a dimensão regional. A noção do califado é voltar ao império árabe muçulmano”, diz Pio Penna, diretor-geral do Instituto Brasileiro de Relações Internacionais (Ibri).

Um dos episódios mais chocantes envolvendo o EL foi a execução do jornalista, até então desaparecido, James Foley. O americano foi obrigado pelos terroristas do Estado Islâmico a gravar uma mensagem pedindo o fim da intervenção dos Estados Unidos no Iraque eapós isso foi decapitado. O vídeo, divulgado no YouTube, deixou o mundo em choque.



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